A Seleção, o tempo no Bayern e os festejos: tudo o que disse João Palhinha
Como está a equipa a conviver com o possível cenário de apuramento?
A equipa está motivada para garantir a qualificação, que é o nosso objetivo. Vamos ter dois jogos em casa e queremos a qualificação o mais depressa possível. Se podermos garantir e festejar já esse objetivo, é o ideal.
Olhando para a Irlanda, considera que é um jogo onde pode ser titular?
Acredito sempre que posso ser titular. Estou sempre preparado para ser chamado. Dou sempre o máximo nos treinos. Espero a oportunidade, mas estou preparado, se for chamado ou não. Claro que quero ter sempre essas oportunidades, mas cabe ao mister decidir quem está mais preparado para começar o jogo. Resta-me demonstrar nos treinos que estou preparado.
O João não é titular na Seleção há um ano. Isso deve-se à época passada no Bayern?
O momento na Seleção depende muito daquilo que vivemos no nosso clube. Não foi uma época fácil para mim. Especialmente, quando me lesionei na Seleção, porque parei mais tempo do que estava à espera. Depois, não tive as oportunidades que acho que merecia ter tido. Talvez tenha tido impacto nos minutos da Seleção, porque quando estamos bem e a jogar nos clubes, é mais fácil jogar na Seleção. Mas são fases. As nossas carreiras vivem de fases. Agora, estou a atravessar uma fase feliz da minha vida. Novo clube, novo projeto, numa liga que não é nova para mim e que estou novamente a desfrutar. O futebol e a vida são muito momentâneos. Resta-me aproveitar estes momentos.
O espírito da Seleção Nacional
As vitórias trazem muita confiança à equipa. Mais do que nunca, estamos a atravessar uma fase na Seleção que, quando olhamos para o lado, sentimos a qualidade no colega que está ao nosso lado. Sentimos também que o espírito e a união está acima do que esteve no passado. E talvez tenha sido isso que faltou em certos momentos. Noto uma Seleção unida e com muita fome de ganhar títulos. Estamos muito motivados.
O que mudou no Tottenham em relação ao Bayern?
Tenho tido as oportunidades que não tive no passado. Sinto confiança total nas pessoas que me quiseram levar para o Tottenham. Neste caso, o treinador. Quando sentimos esta confiança e que somos desejados num sítio, acho que é onde devemos estar. Tomei esta decisão muito facilmente. Não só por ser a Premier League, mas porque senti a vontade de quererem trabalhar comigo. Essas oportunidades são que me estão a fazer voltar a demonstrar aquilo que sou capaz de atingir. Estou muito feliz com este novo desafio e só quero desfrutar ao máximo da Premier League.
Como olha para os elogios de Roberto Martínez?
Sempre estive comprometido com a Seleção. Já posso dizer que estou aqui há uns bons anos, o que é uma coisa que me deixa orgulhoso e tive várias fases nos momentos em que estive aqui. Sempre que sou chamado é um orgulho tremendo voltar a casa e representar o nosso país. Sabem as minhas características e o que posso dar à equipa. Todos os jogadores do meio-campo têm características muito diferentes e podemos acrescentar coisas diferentes, o que ajuda a Seleção. Simplesmente, sou o João, que estou aqui desde 2020, com a mesma fome de poder ajudar a Seleção e esse compromisso sempre esteve presente.
O que espera da Irlanda?
Ainda não tivemos tempo de analisar. Conheço muitos jogadores, porque jogam em Inglaterra e em boas equipas. Vai ser sempre um jogo difícil. A análise começa hoje e vamos nos focar nesse jogo com a Irlanda. É uma seleção que conhecemos bem, já jogámos com eles, e estou a lembrar-me daquele jogo no Algarve, em que estivemos em desvantagem e conseguimos empatar. Esperamos um jogo difícil, mas vamos analisar o máximo possível para estarmos preparados.
Já leva três golos esta época, onde apareceu o João Palhinha goleador? Por que festeja efusivamente quando marca?
Pode ser explicado por não marcar muitos, pode ser por aí, mas celebro sempre com a emoção que tenho. Diz muito daquilo que vai dentro de mim no momento em que marco um golo. Tenho três golos, mas espero ter bem mais daqui a alguns meses. Tracei esse objetivo pessoal para essa época. Mas não estou focado nesse objetivo. É um sinal do trabalho que tenho vindo a fazer. Venho de uma época muito difícil e talvez tenha festejado efusivamente também por ter muitas coisas guardadas aqui dentro. E, obviamente, poder dedicar cada momento dos sucessos aos meus filhos, porque é o primeiro pensamento que tenho quando marco. Estas emoções todas são o que me leva a festejar assim.