Villas-Boas: «Primeiro ano de mandato foi violento, FC Porto estava numa situação limite»
André Villas-Boas, presidente do FC Porto, fez esta sexta-feira um breve balanço dos primeiros tempos como líder máximo dos azuis e brancos, durante a sua participação no Portugal Football Summit, na Cidade do Futebol, em Oeiras.
«Uma vida feita de grandes mudanças e aventuras. Mudança de treinador para presidente, o que se mantém é o amor único pelo FC Porto, o que ele representa. Um estilo de vida para mim, uma obrigação e um sentido de missão, o melhor servir a instituição. O meu propósito é esse e entregá-lo melhor do que recebi, espero que com muitos títulos e recuperado financeiramente. Uma transformação enorme a nível pessoal, parte do meu dia a dia é liderar equipas, estou bem acompanhado, posso orgulhar-me de que treino as melhores equipas de gestão do País e é por isso que temos tido o crescimento nos último meses», assinalou.
«Dezasseis meses intensos de profunda transformação do FC Porto. Ambicionamos títulos e o primeiro ano de mandato foi violento. E o FC Porto ficou aquém dos objetivos, tivemos uma transformação financeira gigante, 450 milhões de euros em receitas não só em termos de mercado, mas também de operações financeiras, e foi isso que o salvou. Encontrava-se numa situação limite, tínhamos 15 dias para pagar 15 milhões, e 6 meses para pagar 115 milhões de euros, a situação foi perigosa, fomos ajudados por sócios, depois conseguimos uma das operações financeiras mais notórias para clubes portugueses, que seguramente será replicada nos outros dois grandes. Vendemos 30 % dos direitos comerciais, milhões de euros no mercado e foi uma operação para salvar o FC Porto e assim o queremos deixar», sublinhou.
«Felizmente, encontrei nas minhas equipas de gestão pessoas profissionais e que se entregaram de alma e coração, já em campanha, aos destinos do FC Porto. Numa fase inicial não havia capital, tivemos de suportar-nos nos sócios do FC Porto e permitiram-nos levantar 15 milhões de euros para fazer face aos salários dos empregados, jogadores, porque o FC Porto estava em situação limite. Felizmente conseguimos, não queríamos que tivesse sido com a violência de terminar em terceiro lugar, mas ganhámos a supertaça, num ano em que participámos em muitas competições», observou o máximo dirigente dos dragões.
Artigos Relacionados: