Verstappen responde ao CEO da McLaren: «Pode chamar-me Chucky»

Max Verstappen protagonizou uma recuperação notável e chega este fim de semana ao Grande Prémio de Abu Dhabi, a última corrida da temporada de Fórmula 1, a apenas 12 pontos do líder do campeonato, Lando Norris.

O piloto da Red Bull, que venceu de forma inesperada o Grande Prémio do Qatar, respondeu com humor a Zak Brown, depois de o CEO da McLaren o ter comparado a uma personagem de um «filme de terror» na sua perseguição a Norris e Oscar Piastri, numa luta pelo título que se estenderá até à última prova.

«Ele é como aquele tipo nos filmes de terror que pensamos que já era, e de repente... de onde é que ele apareceu?!», disse o diretor executivo da McLaren à Sky Sports F1, antes da corrida do Qatar. «Ele tem um talento imenso, tão bom como qualquer outro que já vimos.»

Após a vitória no domingo passado, que reduziu a sua desvantagem para Norris, Verstappen não demorou a responder quando questionado sobre as palavras de Brown.

«Ele pode chamar-me Chucky. É suficientemente curto para si?», brincou o piloto neerlandês. «Não sei. Também vi o que ele disse. Achei bastante engraçado.» Chucky é o vilão principal da saga de filmes de terror Child's Play (em Portugal, Chucky, o Boneco Diabólico).

Questionado se sentia que tinha entrado na cabeça da McLaren, Verstappen desvalorizou: «Da minha parte, foco-me apenas em mim. Sei que, quando entro no carro, tento dar o meu melhor, como, suponho, toda a gente faz. Mas, sim, é a única coisa que posso controlar, certo? E é nisso que me concentro.»

A vitória no Qatar, a sua quinta nas últimas oito corridas, significa que Verstappen tem a possibilidade de conquistar um quinto título consecutivo de pilotos, igualando um recorde histórico.

Esta será apenas a segunda vez que a decisão do campeonato se prolonga até à última prova na carreira de Verstappen, após os acontecimentos de Abu Dhabi em 2021, num confronto direto com Lewis Hamilton. Desta vez, sabe que mesmo uma vitória pode não ser suficiente para a coroa, caso Norris termine em segundo ou terceiro lugar.

No entanto, o piloto neerlandês inspira-se nos acontecimentos do último domingo como prova de que a imprevisibilidade pode voltar a marcar presença.

«Estou muito mais relaxado agora. Sei que estou a 12 pontos de distância. Vou para lá com energia positiva», afirmou. «Vou tentar tudo o que puder. Mas, ao mesmo tempo, se não ganhar, sei que tive uma temporada fantástica. Por isso, não importa muito. Isso tira-me muita pressão.»

Verstappen operou uma recuperação impressionante numa luta pelo título que parecia um assunto exclusivo da McLaren, depois de ter chegado a estar a 104 pontos de distância após o Grande Prémio dos Países Baixos.

«Estou entusiasmado. Estou feliz por ir lá e tentar a minha sorte», acrescentou. «Penso que, em ritmo puro, não estamos ao mesmo nível. Contudo, se a estratégia entrar em jogo ou se tomarmos as decisões certas no momento certo, talvez tenhamos uma oportunidade.»

A temporada de 2025 da Fórmula 1 chega ao fim com o Grande Prémio de Abu Dhabi, a corrida que decidirá o campeão.