«Não posso chegar a pensar que vou esmagar o Verstappen»
Quase um ano depois de ter chegado à Fórmula 1, Isack Hadjar foi promovido e foi anunciado esta terça-feira como novo companheiro de Max Verstappen na Red Bull para a época de 2026.
Em entrevista ao L'Équipe, o piloto francês admite que o desafio de partilhar garagem com Max é grande, mas garante que está preparado, depois de uma temporada em que brilhou ao serviço da Racing Bulls.
«Se eles decidiram contratar-me, é porque consideram que não é demasiado cedo. E, no final do ano, serei um piloto com 24 fins de semana de corrida numa equipa muito boa e em monolugares muito rápidos. Não sou, de todo, o mesmo piloto que era há 12 meses. Se tomaram esta decisão, é porque acreditam que estou suficientemente preparado», começou por dizer, antes de abordar o assunto Verstappen.
«É super entusiasmante. Penso que, aos 21 anos, ter a oportunidade de estar ao lado do melhor piloto do mundo... É o que sempre quis na minha carreira: competir com os melhores, aprender com eles e ver qual é o nível mais alto. Claro que assusta, mas é super entusiasmante», admite.
E como é que Hadjar vai preparar-se para ocupar um lugar que tem sido difícil para outros pilotos nos últimos anos? «Primeiro, aceitar a realidade. Sim, penso que é bom começar por aceitar que ele é o melhor, que tem muito mais experiência, que está em casa. Não posso chegar lá a pensar que o vou esmagar, porque isso não é possível. Tenho de aprender e aceitar que, no início, o cronómetro não esteja ao nível do Max. Depois, pouco a pouco, aproximar-me. Não há propriamente uma armadilha se eu for inteligente.»
«O trabalho terá de começar muito cedo. Agora, tenho a sorte de saber o que vou fazer no próximo ano. Depois de fevereiro, serei britânico, 100 por cento britânico. Vou passar todo o meu tempo com a equipa na fábrica, todo o meu tempo no simulador. Já me imagino a preparar-me arduamente para antecipar o desafio. Depois, dentro do carro, confio em mim», garantiu.
«É muito provável que tenha dificuldade em aceitar que ele seja mais rápido»
No entanto, o jovem de 21 anos reconhece que será um desafio grande aceitar que vai ter um colega de equipa que é mais rápido do que ele.
«Sim. Durante toda a minha carreira, estive sempre um pouco à frente dos meus colegas de equipa. É muito provável que tenha dificuldade em aceitar que ele seja mais rápido. É aí que terei de manter a calma.»
«Se o carro o permitir, seria bonito ganhar um Grande Prémio, não? Conseguir fazê-lo por mérito próprio seria muito, muito bom. Vejo-me a vencer um Grande Prémio no próximo ano, seria muito fixe», confessou.