Treinador da Hungria conformado: «Não sou Jesus, ele é que fez milagres...»

Marco Rossi, treinador da Hungria, não escondeu o «amargo» pela forma como perdeu frente a Portugal, com um golo aos 86', mas considerou que, frente à Seleção Nacional, a derrota foi o cenário mais justo.

«Temos de admitir que, ao jogar contra uma das seleções mais fortes do Mundo. Coloco-os no topo do continente com a Espanha. Não sei quem mais poderia ser tão forte, talvez Brasil, Argentina... Portugal está no top 5. Temos de ser humildes e admitir que, contra Portugal, perder faz parte», começou por admitir Marco Rossi, que não escondeu que o 2-2 perto do final deu uma esperança à equipa: «Ficámos com um amargo da boca depois de empatarmos com uma equipa com tanta bola e depois eles marcaram. Não devíamos ter arriscado perder a bola à frente da nossa baliza. Espero que possamos aprender a partir deste erro.»

O técnico passou, em seguida, ao ataque, referindo novamente as questões de arbitragem do empate frente à República da Irlanda: «Jogámos duas partidas e perdemos três pontos. Para dizer a verdade, não sei quais foram as opiniões dos comentadores porque já nem leio os meios de comunicação social. Contra a Irlanda não perdemos dois pontos por erro nosso, perdemos por causa do árbitro. Vale a pena ver as decisões desde o início até ao fim», afirmou o italiano, que voltou a deixar elogios e, garantiu, não pode fazer «milagres»: «Hoje perdemos 2-3 com Portugal, que vale mil milhões de euros. Tem três ou quatro jogadores no top 30 mundial, vemos os clubes em que eles jogam. Não sou Jesus Cristo, os jogadores também não. Ele é que fez milagres. Não temos jogadores como Portugal, que, se mudar os 11 titulares, nada muda.»

Barnabás Varga, autor dos dois golos frente a Portugal, reclamou da decisão do penálti, viu cartão amarelo e não vai jogar no próximo jogo. «Faz parte do jogo dele protestar. Temos de aprender com isso. Foi uma situação ingénua», afirmou, não deixando qualquer reclamação sobre a grande penalidade: «Não vi bem. No banco disseram-me que alguém tocou e o árbitro foi firme na decisão. O guarda-redes quase defendeu, mas não conseguiu.»