«Ter um ídolo como João Félix perto de mim é diferente»
— Cavou imensas amizades no Benfica, uma delas com o João Félix. É alguém que lhe dá conselhos?
— É uma amizade boa, uma amizade muito saudável. Ele também é muito transparente. Às vezes, num lance menos positivo num jogo, manda-me mensagem, a dizer o que podia fazer melhor, que podia ter feito desta forma. É uma pessoa muito competitiva, também. Quando saí do Benfica, tinha clubes lá fora e tinha também cá em Portugal. Até lhe tinha pedido a opinião. Falava bastantes vezes com ele e ele dizia-me, ‘calma, pés assente na terra, que tens que jogar, primeiro. Jogar na Liga é uma boa montra também. Consegues jogar, tentas ganhar o teu lugar na tua equipa e a partir daí mostras a tua qualidade, que também a tens’. E foi o que fiz. Não porque ele disse, mas também teve algum peso, como é óbvio, vindo de um amigo e de um jogador muito bom, que admiro bastante. É dos meus ídolos. E ter um dos meus ídolos perto de mim é sempre diferente.
— No fundo, é amigo e conselheiro...
— O irmão dele [Hugo Félix] é igual, tem uma mentalidade muito trabalhadora, é um jogador que não se lhe consegue apontar nada, faz tudo ao seu alcance para conseguir em campo dar a resposta. Mesmo sendo mais novo que eu, também me dá conselhos, o que é engraçado, mas às vezes até lhe peço ajuda em algumas coisas no ginásio e coisas do género. É um jogador que também gosto muito, bate muito bem as bolas paradas. Às vezes até lhe perguntava como faz. É uma inspiração. É um amigo que também me dá conselhos.
«EM MARROCOS DORMI COM GATOS»
Francisco Domingues foi desafiado por A BOLA a responder sucintamente a várias questões de maior proximidade. Saiu-se bem nas respostas. Entre ídolos e amizades que não cabem numa só palavra, revelou que em Marrocos, num torneio do Benfica, partilhou o quarto com gatos.
— Melhor momento na carreira?
— Ser campeão na Taça Intercontinental [sub-20].
— O ídolo?
— O João Félix, claro, e o João Cancelo também.
— Melhor momento no Moreirense?
— Quando marquei o golo [ao Nacional], apesar do resultado [derrota 3-2]. Um golo é sempre um golo.
— Melhor amigo no futebol?
— Tenho muitos amigos no futebol. Dou-me com o João [Félix], sim, mas na época passada tinha uma família no Benfica. Se fosse a falar dos melhores amigos não sairia daqui.
— Ai sim?
— Não parece, é verdade! (risos)
— Episódio mais caricato da carreira?
— Um torneio em Marrocos, com o Benfica. Tinha gatos no meu quarto de hotel. Era normal por lá, até tinha dado um nome a um dos gatos, mas já não lembro qual era.
— Completa a frase. A Seleção Nacional é...
—... um sonho. A seu tempo, não ponho prazo.
— O Moreirense é...
— ... magnífico!