«Ter um ídolo como João Félix perto de mim é diferente»

No universo Benfica, surgem amizades que vão além do campo, e uma delas é com João Félix, que tem desempenhado um papel importante como conselheiro e inspiração para Francisco Domingues. A relação do lateral-esquerdo do Moreirense com o craque do Al Nassr é marcada pela transparência e camaradagem.

 — Cavou imensas amizades no Benfica, uma delas com o João Félix. É alguém que lhe dá conselhos? 

 — É uma amizade boa, uma amizade muito saudável. Ele também é muito transparente. Às vezes, num lance menos positivo num jogo, manda-me mensagem, a dizer o que podia fazer melhor, que podia ter feito desta forma. É uma pessoa muito competitiva, também. Quando saí do Benfica, tinha clubes lá fora e tinha também cá em Portugal. Até lhe tinha pedido a opinião. Falava bastantes vezes com ele e ele dizia-me, ‘calma, pés assente na terra, que tens que jogar, primeiro. Jogar na Liga é uma boa montra também. Consegues jogar, tentas ganhar o teu lugar na tua equipa e a partir daí mostras a tua qualidade, que também a tens’. E foi o que fiz. Não porque ele disse, mas também teve algum peso, como é óbvio, vindo de um amigo e de um jogador muito bom, que admiro bastante. É dos meus ídolos. E ter um dos meus ídolos perto de mim é sempre diferente. 

João Félix com Francisco Domigues, nas férias (Instagram/kiko_dom11)

 — No fundo, é amigo e conselheiro... 

— O irmão dele [Hugo Félix] é igual, tem uma mentalidade muito trabalhadora, é um jogador que não se lhe consegue apontar nada, faz tudo ao seu alcance para conseguir em campo dar a resposta. Mesmo sendo mais novo que eu, também me dá conselhos, o que é engraçado, mas às vezes até lhe peço ajuda em algumas coisas no ginásio e coisas do género. É um jogador que também gosto muito, bate muito bem as bolas paradas. Às vezes até lhe perguntava como faz. É uma inspiração. É um amigo que também me dá conselhos. 

«EM MARROCOS DORMI COM GATOS»

Francisco Domingues foi desafiado por A BOLA a responder sucintamente a várias questões de maior proximidade. Saiu-se bem nas respostas. Entre ídolos e amizades que não cabem numa só palavra, revelou que em Marrocos, num torneio do Benfica, partilhou o quarto com gatos.  

Melhor momento na carreira? 

— Ser campeão na Taça Intercontinental [sub-20].

O ídolo? 

— O João Félix, claro, e o João Cancelo também.

— Melhor momento no Moreirense? 

Quando marquei o golo [ao Nacional], apesar do resultado [derrota 3-2]. Um golo é sempre um golo.

 — Melhor amigo no futebol? 

— Tenho muitos amigos no futebol. Dou-me com o João [Félix], sim, mas na época passada tinha uma família no Benfica. Se fosse a falar dos melhores amigos não sairia daqui.

 — Amigo mais maluco/divertido? 

— O João Tomé, do Rio Ave

— Ai sim? 

— Não parece, é verdade! (risos)

Episódio mais caricato da carreira? 

— Um torneio em Marrocos, com o Benfica. Tinha gatos no meu quarto de hotel. Era normal por lá, até tinha dado um nome a um dos gatos, mas já não lembro qual era.

— Melhor jogo? 

— Contra o SC Braga, fora, julgo que nos juniores do Benfica.  

— Completa a frase. A Seleção Nacional é... 

—... um sonho. A seu tempo, não ponho prazo. 

— O Moreirense é... 

— ... magnífico!