SC Braga: ciclo de enorme exigência para colocar fim ao ruído
O momento do SC Braga não é bom. Não há como negar as evidências. Depois de um arranque de época positivo, com o primeiro grande objetivo a ser alcançado (qualificação para a fase liga da UEFA Europa League), os arsenalistas começaram a emperrar após as duas vitórias (ambas por 3-0) no arranque da Liga, frente a Tondela e Alverca.
Depois disso, e ainda no que ao campeonato diz respeito, os guerreiros do Minho somaram empates a duas bolas diante de Aves SAD e Rio Ave, com o cenário a complicar-se ainda mais na noite de ontem, devido à derrota (0-1) caseira no dérbi com o Gil Vicente.
No final da partida, os adeptos não perdoaram o deslize, assobiando a equipa e mostrando lenços brancos ao treinador. Carlos Vicens assumiu a responsabilidade, lamentou a desilusão gerada à massa associativa, mas prometeu uma reação enérgica. «Não era o que desejávamos. Preparámos a partida para vencer e dar uma alegria aos nossos adeptos, mas não conseguimos. Temos de levantar-nos. Estamos na 5.ª jornada, há uma grande quantidade de partidas para disputar e vamos trabalhar para que já no próximo sábado possamos ganhar em Guimarães», analisou o espanhol, reforçando ser «normal que os adeptos não estejam contentes com estes dois últimos jogos em casa, o empate [2-2 com o Aves SAD] e esta derrota [0-1 frente ao Gil Vicente]».
Para fazer face à contestação da plateia bracarense será necessária uma resposta à... guerreiro(s). Porque o ciclo que se aproxima é verdadeiramente exigente.
Até à próxima paragem para as seleções (em outubro), o SC Braga terá cinco jogos pela frente e todos eles prometem ser de enorme grau de dificuldade.
A começar já pelo duelo do próximo sábado (20h30), no terreno do Vitória de Guimarães. Naquele que é sempre considerado o dérbi dos dérbis do Minho.
Depois disso, e entre Liga e UEFA Europa League, haverá Feyenoord e Nacional (em casa), Celtic e Sporting (fora). Jogos em que os arsenalistas tudo terão de fazer para que as vitórias regressem à realidade interna e para que os adeptos voltem a ter motivos para sorrir. Caso contrário, a contestação subirá de tom, com toda a certeza.