Rui Costa: «Nunca mais falei com Luís Filipe Vieira»
Rui Costa recusou responder às críticas de Luís Filipe Vieira sobre forma como transitou para presidente e como geriu o Benfica nos últimos quatro anos. O dirigente, em entrevista concedida à TVI/CNN revelou a perda total de contacto com o antecessor: «Não vou responder diretamente por uma razão muito simples. Tenho a responsabilidade de dignificar o Benfica. A única coisa que tenho para dizer é que é uma pena. Não venho lavar roupa suja, nem para fazer duelos individuais. Com todo o respeito que tenho de ter por todos os benfiquistas, venho para justificar o meu mandato. Haverá um debate com todos os candidatos e lá estarei. Nunca mais falei com Luís Filipe Vieira, começaram os ataques pessoais e nunca me verão responder.»
«Se o traí? De todo! Entrei como presidente do pé para a mão e o que importava era que se apresentasse um novo presidente e foi o que fiz. Eu disse que estava impreparado para ser presidente e deturparam as minhas palavras. Quem é o ser humano que está preparado para ser o presidente da maior instituição desportiva do país? No dia em que sou confrontado com essa situação... Tive de alterar toda a minha vida pessoal, da família, é difícil», destacou.
Questionado sobre a relação do Benfica com a justiça nos últimos quatro anos, Rui Costa rejubilou: «Não só tenho a consciência tranquila como é um dos pilares do meu mandato: devolver a credibilidade. Durante quatro anos o Benfica nunca teve mais problemas na justiça, nunca mais se leram parragonas sobre isso. Se houve coisa bem feita foi devolver a credibilidade junto das instituições nacionais e internacionais. Estamos a discutir a parte financeira e desportiva e não a judicial. Isso é das coisas que mais me orgulha.»
Confrontando sobre as críticas do também candidato à presidência do Benfica sobre a falta de liderança de Rui Costa, o antigo n.º 10 foi perentório «Os benfiquistas têm um presidente líder. Não um dono, mas um presidente. Não é uma indireta, é a forma como vejo o clube. Isso não impede que as decisões do clube passem todas por mim, para o bem e para o mal.»
Rui Costa procurou distanciar-se ao máximo do antecessor: «Da minha administração atual, o único que está do passado sou eu. Os sete administradores já vieram comigo nas mudanças que fiz ao longo do tempo. Entendi que o porta-aviões não podia ser virado do avesso para não acabar de vez.»
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