Rui Costa: «Do Benfica não se desiste»

Rui Costa terminou um dia de campanha pelo Sul do país num jantar em Albufeira. O presidente do Benfica admitiu que «não têm sido tempos fáceis», mas agradeceu a receção «maravilhosa e emocionante» dos benfiquistas.

Rui Costa recuou até ao dia 11 de outubro de 2021, quando venceu as eleições das águias com mais de 84% dos votos. «Fez ontem quatro anos que assumi o Benfica, numa altura que ninguém queria o Benfica ou que ninguém teve coragem para assumir. E se eu naquele dia não tive medo e não fugi da minha responsabilidade como benfiquista, muito menos agora eu poderia fugir», começou por dizer o candidato ao segundo mandato à frente das águias.

Rui Costa sublinhou o peso da força dos benfiquistas e reforçou o compromisso com as águias: «Se alguma dúvida tivesse na minha cabeça, quando estou com os benfiquistas, dão-me razão quando digo que do Benfica não se desiste. Jamais desistirei do Benfica.»

Rui Costa recordou as circunstâncias da subida ao poder encarnado, mas admitiu que o balanço desportivo dos últimos quatro anos não é positivo: «Gostaria muito de estar aqui hoje perante todos vós a dizer que foram quatro anos onde ganhámos tudo e um par de botas. Mas não foi. Nós vivemos para os títulos, mas mais do que Presidente, a minha carreira é de desportista. E não posso ficar preso só ao facto de ter ganho ou não ter ganho. Tenho que fazer uma análise mais global daquilo que foram os últimos quatro anos.»

«Não há vitórias morais, mas também não pode haver injustiças. A duas semanas do fim estivemos à beira de poder ganhar tudo o que havia para ganhar em Portugal. Acabámos por não ganhar e isso para nós é uma frustração tremenda. Mas passado um mês estávamos a ganhar uma supertaça, tínhamos jogado o Mundial de Clubes por mérito próprio. Fizemos a maior pontuação europeia da história do clube em quatro anos. Houve muita coisa bem feita», reforçou Rui Costa.

O presidente do Benfica e candidato a um segundo mandato alertou para a reestruturação que comandou nos últimos quatro anos, antes de deixar uma garantia: «Hoje estamos muito mais prontos para o futuro do que estávamos há quatro anos.»

Rui Costa voltou a recordar 2021, eleição em que concorreu contra Francisco Benítez para refutar a tese de uma crise financeira na Luz: «Dá muito jeito a muita gente falar dessa crise financeira. Se estivéssemos nessa crise financeira, não aparecíam seis candidatos. E não sou eu que o digo, é a história do nosso clube.»

A diminuição do passivo é uma bandeira da campanha de Rui Costa que apresenta vários argumentos para justificar o aumento do mesmo nos últimos quatros anos. O dirigente dos encarnados garantiu que a «última coisa que fazia era arriscar que o Benfica entrasse em falência». Da máscara à herança pesada em forma de plantel, o antigo maestro voltou a aplaudir a decisão tomada pela direção de Luís Filipe Vieira em 2020 de não cortar «um euro» do vencimento de qualquer funcionário durante a pandemia Covid-19.

Rui Costa frisa, ainda assim, que a recuperação financeira do Benfica já está consagrada no último Relatório e Contas... que foi chumbado pelos sócios encarnados a 27 de setembro. «Para alguns vale a pena chumbar relatórios com lucros de 30 milhões de euros, porque não dá jeito elogiar o que foi feito. A realidade é que já fizemos essa inversão», frisou.