«Real Madrid jogava bem durante 10 minutos e fazia-te três golos»
Depois de mais de 10 épocas no PSG, sem ter conseguido vencer uma edição da UEFA Champions League, Marco Verratti rumou ao Al Duhail, sendo uma das estrelas do campeonato do Qatar.
«Não é como uma liga europeia, como a de Espanha, França ou Itália, mas a qualidade de vida é boa e gosto de poder ajudar os jogadores daqui de modo a que o campeonato cresça. Mas eu sou feliz com uma bola, seja na praia», confessou, em entrevista à Marca.
O internacional italiano, a cumprir a terceira temporada no Qatar e a primeira no Al Duhail, comentou o facto de o PSG ter conquistado a Champions depois das saídas de Mbappé, Sergio Ramos, Neymar e Messi.
«É injusto vê-lo assim. Com Mbappé chegámos às meias-finais e à final, mas não ganhámos. Depois há o Real Madrid que, com grandíssimos jogadores, venceu muito. No fim, não creio que o PSG tenha ganho a Champions por causa da saída do Mbappé. Ele ajudou o clube a crescer, marcou 50 golos na última época em Paris. O futebol é bonito por isso. Não é comprar jogadores e ganhar. O PSG tinha um projeto sério e todos ajudaram no crescimento do clube. Tínhamos muitos craques, mas faltava-nos algo como equipa. E isso conta muito no futebol atual. Os craques podem fazer a diferença nos jogos grandes, mas não no geral», referiu, destacando os laterais atuais do PSG.
«Têm uma equipa incrível e todos atacam e defendem. E os laterais, como Nuno Mendes e Hakimi, vão muito ao ataque, embora sejam defesas. Luis Enrique é um treinador de topo. Percebes isso quando falta o Dembélé e mete outro jogador e a equipa não se ressente», apontou, recordando os duelos com o Real Madrid.
«É algo difícil de explicar. Quando pensavas que estavam mal, ressuscitava. Uma equipa que, mesmo sem 30 por cento de posse de bola, te matava. Outras equipas precisavam da bola para ganhar e o Real Madrid não. Eram muito práticos. Jogavam 10 minutos bem e faziam-te três golos. Tu fazias um a jogar bem durante 80 minutos. Era uma equipa que sabia sofrer e sabia que a vitória e a reviravolta chegariam», rematou.
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