Obviamente, tinha de ser Vítor Ferreira!
Nasceu em Santo Tirso há 25 anos mais uns meses e chamaram-lhe Vítor, tal como o pai, o mítico Vítor Manuel que fez carreira como médio centro entre 1987 e 2006, maioritariamente no Desportivo das Aves, mas também no Belenenses, no Campomaiorense, no Farense e no Varzim, balneários onde se cruzou com Nuno Espírito Santo, Raul Meireles, Beto ou Bino, o atual selecionador sub-17, campeão da Europa e do Mundo.
Com a paixão pelo futebol nos genes, desde cedo que Vítor Machado Ferreira começou a dar nas vistas e, depois dos primeiros pontapés na Vila das Aves, no Póvoa do Lanhoso e nas escolinhas locais do Benfica, aceitou o convite para integrar a formação do FC Porto. Tinha, então, 11 anos e não mais parou de crescer e de voar, já com a alcunha, Vitinha, a vingar sobre o nome constante no cartão de cidadão.
Chegou à equipa principal dos dragões em 2020, foi cedido por uma época ao Wolverhampton, então treinado pelo ex-companheiro de equipa do pai, Nuno Espírito Santo, e voltou aos azuis e brancos para se consagrar como titular absoluto do conjunto orientado por Sérgio Conceição e para, ao lado de Otávio e Uribe, fazer mexer o meio-campo portista rumo à conquista do título de campeão.
Terminava essa época e chegava a transferência, a troco de 41,5 milhões de euros, para o PSG, gigante francês no qual, três anos e meio depois, Vitinha se transformou mo melhor jogador do Mundo da atualidade. O mais completo, o mais imprevisível, o mais importante na arquitetura e no design de jogo dos parisienses e da Seleção Nacional de Portugal.
E se é o melhor do Mundo e foi o melhor futebolista de 2025 (mesmo que France Football e FIFA só o reconheçam oficialmente como terceiro melhor na Bola de Ouro e 7.º no The Best, respetivamente), Vitinha só podia ser a Figura do Ano para A BOLA. Inevitável e obviamente! Sucede a Gyokeres e a nomes como Bernardo Silva, Sérgio Conceição, Cristiano Ronaldo, José Mourinho ou Ruben Amorim.
E justíssimo num ano em que, coletivamente, o médio português conquistou a Europa e o Mundo, vencendo a Liga das Nações por Portugal; e, pelo PSG, a Liga dos Campeões, a Taça Intercontinental, a Supertaça Europeia, a Ligue 1 francesa e a Taça de França. E ainda se sagrou vice-campeão do Mundo de clubes — o PSG perdeu a final do Mundial de Clubes com o Chelsea.
Seis troféus num 2025 de ouro e que deixa água na boca para 2026, o ano do Mundial, que Estados Unidos, México e Canadá organizam. Pode Portugal sonhar, caro Vítor Ferreira?