O que vai fazer o FC Porto no mercado de janeiro

A menos de uma semana da abertura oficial do mercado de janeiro, a SAD do FC Porto continua empenhada em satisfazer as necessidades prementes do plantel azul e branco para atacar em força as três provas em que a equipa de Francesco Farioli está envolvida, mormente o campeonato, apontado desde a primeira hora como o grande objetivo para 2025/2026.

Garantida a contratação do experiente Thiago Silva, que vem colmatar a ausência forçada de Nehuén Pérez, operado ao tendão de Aquiles e, por via disso, impossibilitado de jogar mais esta época, as atenções de André Villas-Boas concentram-se agora na aquisição de um extremo capaz de oferecer concorrência a Pepê, William Gomes e Borja Sainz até maio. O nome fortemente colocado para preencher essa lacuna é Oskar Pietuszewski, um prodígio polaco de apenas 17 anos que revela já uma maturidade enorme ao serviço do Jagiellonia Bialystok, tendo dado nas vistas nos jogos que realizou na Liga Conferência esta temporada.

O seu clube, porém, aponta para uma verba na casa dos 10/11 milhões de euros para libertar a joia polaca, mas os responsáveis portistas não irão chegar a esses valores, até porque o investimento feito no passado verão suplantou a fasquia dos 100 milhões de euros e o dinheiro não estica para as bandas do Dragão, pelo que as compras terão de ser sempre bem pensadas e nunca por verbas substanciais.

Caso esta transferência não venha a chegar a bom porto, há alternativas nos gabinetes da SAD, mas o certo é que Francesco Farioli pede a André Villas-Boas a chegada de mais um elemento ao plantel que possa acrescentar qualidade naquela zona específica do terreno. No grupo de trabalho há Ángel Alarcón e Karamoh, mas ambos parecem insuficientes para a dimensão daquilo que o treinador italiano dos portistas pretende neste momento.

A grande dúvida deste mercado dos azuis e brancos prende-se com o facto de perceber se haverá um substituto contratado para o lugar de Luuk de Jong, que, como se sabe, lesionou-se com gravidade no joelho e estará ausente dos relvados durante vários meses. Sendo certo que a margem financeira não é grande depois do aporte feito no último defeso, a chegada de mais um ponta de lança só se efetuará mediante uma oportunidade de negócio, ou seja, através de um empréstimo de um jogador que possa acrescentar potencial e fazer forte concorrência a Samu e Denis Gul. Essa lacuna reconhecida pela estrutura do futebol profissional levará em conta as indicações de Francesco Farioli, já que o calendário vai começar a apertar e há sempre o risco iminente de lesões e castigos.

O FC Porto pretende continuar na senda dos bons resultados e manter — se possível, aumentar — a distância para os rivais Sporting e Benfica no campeonato. Equacionada, e não descartada, está a possibilidade de chegar mais um médio capaz de fazer concorrência a Froholdt, mas neste caso teria de haver uma venda ou saída por empréstimo de Tomás Pérez ou de Eustáquio, um jogador que perdeu influência com a chegada de Pablo Rosario. Uma coisa é certa: até ao fecho do mercado, o Dragão vai-se reforçar...