Trincão em ação no Estádio Nacional (MIGUEL NUNES)

Num Sporting a fazer a rodagem, é Trincão quem mais acelera

Pisou terrenos interiores e pela direita e quando pegou na bola levou-a sempre com intenção. Por duas vezes ofereceu perigo a Harder. Hjulmand é o capitão!

Fresneda — Na construção era o lateral que ficava para uma saída a três. Quebrou a regra aos 19', subiu e cruzou, ainda que sem perigo. Só por mais uma vez teve essa liberdade na primeira parte.

Trincão
Da direita mais para o meio quando Catamo se afoitava, acabou por ser um motor a levar a equipa para as zonas de finalização. Técnica primorosa, condução exemplar, aos 45' e aos 45+2' cruzou com conta, peso e medida para a cabeça de Hader, que por uma vez viu o cabeceamento desviado para canto e na outra atirou ao lado. Um dos leões mas bem preparados para a competição. E até ajudou na defesa (63') com recuperação espetacular!

Diomande — Central pela direita na nova linha de quatro, assumiu-se como patrão numa primeira parte apenas com um lance de perigo do Villareal. Seguro, comandante, nem sempre tão esclarecido na saída. Saiu ao intervalo.

João Virgínia
Chegou, viu, foi apresentado e jogou a titular, porque problema físico afastou Rui Silva do jogo. Seguro no chão, agarrou a bola em remate forte de longe de Yéremy Pino aos 12'. Atento e destemido saiu da área para afastar o perigo um par de vezes, com o pé e até com a cabeça, na primeira parte, e aos 74' teve outra boa intervenção aos pés de adversário. Sabe que foi contratado para ser o número dois na baliza, aceita-o, e mostrou que pode oferecer segurança na ausência do titular.

Gonçalo Inácio — Primeira parte tranquila e saiu aos 55' quando o Villarreal começou a carregar. Terá lugar cativo na agora dupla de centrais, pela esquerda, onde parece ter vantagem para formar dupla com o marfinense Ousmane Diomande.

Hjulmand
Sem Gyokeres, assumiu a marcação do penálti que aos 8' levou ao golo que abriu o marcador no Jamor e que seria o único do jogo e por isso a oferecer o troféu aos da casa (emprestada). Nestas novas funções parece abraçar uma área maior, protegendo caminhos para a baliza mas surgindo também em zona mais adiantada quando a equipa sobe no terreno. Capitão, aos 90+4' descobriu Quenda na direita, acompanhou a jogada e na área finalizou, porém sem perigo.

Matheus Reis — Era o lateral que subia na construção, permitindo a Pedro Gonçalves pisar terrenos mais interiores. Correu muito mas na segunda parte na zona defensiva, porque Alberto Moleiro acabou por ser perigo constante por aquele lado e deu-lhe água pela barba.

Rayan Lucas
Emprestado pelo Flamengo até final da temporada, nem apresentado foi antes do encontro, porque vai contar mais na equipa B. Mas foi a jogo e mostrou a Rui Borges que é elemento a ter em conta. No miolo, possante, no pouco tempo em que esteve em campo teve duas excelentes ações defensivas que cortaram o mal pela raiz, evitando que o Villarreal concretizasse o que já tantas vezes ameaçara. Começa a mostrar que a opção de compra é para exercer.

Morita — Nova função agora ao lado de Hjulmand, mas ainda muito preso de movimentos, sem o domínio do miolo e o lançamento da equipa para o ataque que faz dele o jogador fetiche de Rui Borges.

Pedro Gonçalves — Na construção, com Matheus Reis a subir pela corredor esquerdo, aparecia muitas vezes em zona interior mas foi pelo exterior que contribuiu no lance do penálti aos 7', que só aconteceu por uma investida sua na área do Villarreal. Precisa ainda de aprimorar a precisão e será um perigo como sempre. E precisa também de ter alguém que perceba e receba as suas bolas redondas como Gyokeres fazia...

Geny Catamo — Foi o escolhido para no um para um procurar perigo, que alcançou aos 45+2' quando veloz pela direita entrou na área espanhola, a serpentear, rematando ao lado com perigo. A defender, assumiu-se como um quinto elemento a reforçar a linha mais recuada, dando forma a uma nova ideia de Rui Borges.

Conrad Harder — Aos 7' apareceu pela primeira vez no jogo e Willy Kambwala, na pressão, jogou com o braço: penálti que o dinamarquês obrigou. Quer mostrar serviço agora que Gyokeres partiu e Luis Suárez está a chegar e talvez por isso tem de arrefecer o ímpeto por vezes exagerado que o faz perder alguns lances e duelos.

Debast — Terminou a temporada do bicampeonato como médio, reapareceu na segunda parte de ontem como central, posição de origem. No período de mais trabalho na defesa leonina, dois excelentes cortes a evitarem perigo. Não tentou tantas vezes colocar a bola teleguiada que sabe colocar.

St. Juste — Entrou para o lugar de Gonçalo Inácio e foi obrigado a muito mais trabalho, mas sem destaque especial.

Quenda — Na direita, como Geny, fez de 5.º elemento a defender. Sem profundidade.

Alisson — Surgiu na esquerda, teve um par de ocasiões para ganhar terreno mas numa delas deixou-se antecipar.

Alisson com a medalha (MIGUEL NUNES)

Quaresma — Pouco confortável como lateral-direito, ainda assim competente a defender em duas ocasiões (78' e 87').

Esgaio — Depois de Matheus, foi ele quem levou com Moleiro na esquerda.

João Simões — Dez minutos em terrenos mais adiantados, no apoio ao ponta de lança. Sem tempo para mais e no momento menos bom do leão.

Rodrigo Ribeiro — Já sem Gyokeres, entrou para o lugar de Harder porque ainda não há Suárez.