Noronha Lopes: «Rui Costa não sabe ganhar, gerir, nem defender o Benfica»
João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica, esteve esta quarta-feira na SIC a analisar a atual conjuntura dos encarnados, marcada pelo despedimento do treinador Bruno Lage, após a derrota com o Qarabag (2-3) na estreia na fase de liga da UEFA Champions League.
No Primeiro Jornal da SIC, começou por falar da «tristeza» pelo resultado e exibição frente ao Qarabag, enumerando depois as falhas de Rui Costa, nomeadamente na contratação de treinadores.
«Relativamente àquilo que aconteceu, acaba por ser o corolário daquilo que tem sido a má gestão de Rui Costa. Rui Costa é um Presidente que não sabe ganhar, que não sabe gerir e que não sabe defender o Benfica. Esta direção é a direção de um em quatro. Ganhou um campeonato em quatro anos, apresentou um ano de resultados positivos em quatro e no meio disto tudo tem sido de uma enorme incompetência na gestão do futebol. Nós tivemos cinco treinadores em quatro anos. O Benfica é um carrossel de treinadores e jogadores. Sem resultados as saídas dos treinadores são inevitáveis», disse.
Teria tomado a mesma decisão? «Teria tido um projeto, Rui Costa é um desgoverno. A saída era inevitável pelas exibições e perder com o 7.º classificado do Azerbaijão não é aceitável, por isso não fiquei surpreendido. O meu projeto é de estabilidade, ambição e competência, com as pessoas certas, no lugar certo e com uma ideia de longo prazo. O problema não está nos que saem, mas sim nos que ficam, entre os quais Rui Costa, são aqueles que estão na origem dos problemas.»
Noronha Lopes apresentou mais uma vez o seu projeto. «Eu já apresentei o meu projeto desportivo, que é um projeto longo e que assenta em três ideias. Estabilidade: não podemos estar a mudar de treinadores todos os anos. Competência e organização: todas as pessoas naquela estrutura sabem o que é que vão fazer. O Nuno Gomes, o Vítor Paneira, o Pedro Ferreira, que é o meu diretor-geral e que vai chegar do Nottingham Forest, todos sabem aquilo que vão fazer. Todos são complementares entre eles. E todos já estão a falar há algum tempo. Portanto, as pessoas não caem de paraquedas. Foi eu que as escolhi e sou eu que estou a trabalhar em conjunto com elas. Uma aposta na formação: porque tanto como ganhar títulos na formação, é importante perceber quantos jogadores da formação é que nós conseguimos reter e quantos é que podem vir para a equipa principal. E um scouting inteligente que nos permita ir buscar jogadores muito mais cedo e, eventualmente, em muito melhores condições do que tem acontecido. E, portanto, é sob estes três pilares que vai ser construído o meu projeto de futebol e é em cima destes pilares que o Benfica vai continuar. Tem de ter uma cultura vencedora, que é aquilo que não tem.»
O candidato quis transmitir uma noção de confiança. «Nós não estamos aqui a cair de pára-quedas. Eu já estive no Benfica, preparo a minha candidatura há muito tempo, já discuto com pessoas há muito tempo... Todos os benfitistas querem que o Benfica ganhe. E aquilo que quero é que o Benfica, quando eu for eleito presidente no dia 25 de outubro, é que o Benfica esteja em primeiro no campeonato e que tenha mais vitórias na Champions», afirmou.
(atualizado às 14h48)
Artigos Relacionados: