Mercado FC Porto: os (tipos de) negócios que os dragões ainda equacionam
Garantidas as aquisições de Gabri Veiga (médio, ex-Al Ahli Jeddah), João Costa (guarda-redes, ex-Estrela da Amadora), Dominik Prpic (defesa-central, ex-Hajduk Split), Borja Sainz (extremo, ex-Norwich), Victor Froholdt (médio, ex-Copenhaga), Alberto Costa (lateral-direito, ex-Juventus) e Jan Bednarek (defesa-central, ex-Southampton) – todos têm em comum o facto de terem sido adquiridos a título definitivo -, o FC Porto pode adotar uma estratégia diferente até ao final do presente mercado de transferências.
Nesse sentido, e até porque o mês de agosto é, historicamente, um período mais propício a isso mesmo, os dragões não descuram a hipótese de reforçar o plantel de Francesco Farioli com jogadores que possam ser cedidos por outros clubes.
Do lote de atletas acima mencionados, apenas João Costa não comportou encargos para a SAD portista, uma vez que chegou a custo zero do Estrela da Amadora. Todos os restantes obrigaram a cúpula diretiva presidida por André Villas-Boas a abrir os cordões à bolsa. E de que maneira: Gabri Veiga (€15 M), Dominik Prpic (€4,5 M), Borja Sainz (€13,3 M), Victor Froholdt (€20 M), Alberto Costa (€15 M) e Jan Bednarek (€7,5 M). Estas verbas, refira-se, dizem apenas respeito aos negócios iniciais, ou seja, ainda não contemplam valores adicionais referentes a possíveis objetivos que, caso sejam atingidos, aumentarão os preços a pagar pelo FC Porto aos respetivos clubes onde alinhavam os jogadores.
Contas feitas, estamos a falar de €75,3 M, sendo que a estes números ainda podem (e devem) ser acrescentados €30,3 M relativos às contratações de Nehuén Pérez e Samu. Os portistas tinham cláusula de compra obrigatória pelo central argentino (€13,3 M) e decidiram avançar para a aquisição do resto do passe do ponta de lança espanhol (€17 M).
O grupo de trabalho às ordens do técnico italiano ainda não está fechado e nas próximas semanas chegarão ao Dragão mais novidades. Não muitas, é um facto, mas espera-se que o FC Porto possa ainda contratar mais dois ou três jogadores. Dependendo, lá está, do que o mercado possa oferecer. Bem como das saídas que possam registar-se – além do caso dos excedentários, como Fábio Cardoso, Romário Baró e André Franco, por exemplo -, é bom não esquecer que elementos como Grujic, Iván Jaime, Namaso ou Deniz Gul poderão abraçar novas experiências caso surjam propostas interessantes.
Dessa forma, em cima da mesa está a contratação de um ponta de lança. E o reforço do centro do ataque pode privilegiar, lá está, um empréstimo. A partir de agora e até ao fecho do mercado haverá clubes a acelerar a colocação de jogadores que possam não ter o seu espaço na casa-mãe e, nesse sentido, o FC Porto está particularmente atento a várias hipóteses… O mesmo acontecendo, por exemplo, no que concerne a um extremo.
Há nomes referenciados, mas só nos próximos dias os processos poderão conhecer desenvolvimentos. Certo é que Villas-Boas e a sua equipa já demonstraram ter uma capacidade negocial que poucos conheciam. Interna e externamente. Os dragões querem voltar aos títulos e sabem que, para isso, estão obrigados a contratar bem. As contas (financeiras e desportivas) far-se-ão, como sempre, no final.