Mazraoui está com Amorim: «Pode ser duro, mas diz como as coisas são, sem rodeios»

Apesar dos resultados no Manchester United estarem longe dos ideais, a verdade é que Ruben Amorim continua a ser elogiado pelos jogadores dos red devils. No caso mais recente, o lateral-direito Noussair Mazraoui revelou, em entrevista ao The National, a admiração que tem pelo técnico português, destacando não só a sua competência, mas também os valores que defende.

«Ele é um grande treinador, uma grande pessoa. Eu gosto muito de trabalhar com ele. Gosto dele mesmo. A sua forma de pensar, de gerir, de falar… é um treinador com muitos valores, que eu também partilho. Por isso, as coisas funcionam muito bem entre nós», começou por dizer.

«Ser sempre respeitoso, ser sempre honesto. Nunca mente, diz como as coisas são, sem rodeios. Às vezes pode ser duro, mas prefiro que seja a verdade, mesmo que um pouco dura, do que uma mentira disfarçada», continuou.

Mesmo elogiando Amorim, o internacional marroquino admitiu que foi difícil quando Erik ten Hag foi despedido do United, em outubro passado, dado que também tinha sido um dos motivos para a sua vinda para o clube inglês: «Ele também foi uma razão pela qual eu vim para o clube. Você vem por causa do clube, mas também pelo treinador. Trabalhei bons anos com ele no Ajax, então isso também foi uma das razões. E depois, ele sai depois de dois ou três meses, nunca é agradável, porque você sente-se também responsável. Se os jogadores jogam bem, o treinador fica, é simples assim.»

Mazraoui falou também sobre a sua versatilidade no campo e os papéis que tem assumido no United, abordando ainda os desafios de enfrentar alguns dos melhores da Premier League: «Tenho jogado muito tempo como lateral-direito. E ultimamente também como defesa central direito. Lateral-direito é a minha posição favorita, a minha melhor posição também. É aí que tudo acontece automaticamente. Quando recebo a bola, sei as opções que tenho. Sei o que posso fazer, o que não posso. Sei defender. É menos pensar, é mais desfrutar.»

«Salah, Mitoma, Elanga… a lista continua. Acho que Mitoma foi o mais difícil até agora. No segundo jogo contra o Brighton, ele marcou dois golos, então senti-me culpado», concluiu.