Ruben Amorim a falar com Rasmus Hojlund
Ruben Amorim a falar com Rasmus Hojlund - Foto: IMAGO

Jogador admite que plantel ficou «chocado» com decisão de Amorim

Dorgu falou sobre as saídas dos compatriotas Eriksen e Hojlund do Manchester United, este verão

Ruben Amorim fez bastantes mudanças ao plantel do Manchester United este verão - se calhar não tantas quanta desejava -, permitindo a saída de bastantes atletas que já nem contavam para ele no final da última temporada, como Antony, Sancho, Rashford e até Garnacho.

No entanto, uma das surpresas foi a decisão em deixar de fora Hojlund dos convocados, isto após a chegada de um novo ponta de lança, Sesko do Leipzig, por 75 milhões de euros. O dinamarquês queria ficar e lutar por um lugar no plantel com o esloveno e Zirkzee, mas isso não foi possível e foi lhe mostrada a porta de saída para o Nápoles, num empréstimo com cláusula de compra obrigatória na próxima época, depois de ter completado a pré-época.

Em entrevista ao portal Ekstra Bladet, Dorgu admitiu que ele e os seus colegas de equipa ficaram «chocados» com a decisão do treinador português, lembrando também a saída de Eriksen, o outro dinamarquês no plantel, que terminou contrato e ainda não encontrou nenhum clube.

«É assim no futebol. Nunca se sabe quando é a nossa vez de seguir em frente. Sabíamos que isso iria acontecer com o Christian, mas talvez tenha sido um choque maior o Rasmus ter de seguir em frente», disse o lateral em estágio pela seleção, revelando que falou com Hojlund sobre a mudança para a Serie A, campeonato em que já jogou pelo Lecce.

«Conversei muito com ele durante o processo e percebi para onde as coisas estavam a caminhar. Espero que agora nos possamos ver sempre na seleção nacional», afirmou, lembrando os seus primeiros seis meses no Manchester United.

«Fiquei muito feliz por ser companheiro de equipa do Christian e do Rasmus. Foi uma grande vantagem para mim o facto de eles já estarem no clube quando entrei. Assim, foi mais fácil integrar-me no plantel. Mas isso não foi, de forma alguma, decisivo para a minha escolha pelo Manchester United. Pensei muito mais nos planos e ideias do treinador para mim quando tive de tomar a decisão», explicou, recuando ainda mais na carreira, quando deixou o seu país para rumar à Itália.

«Viajei sozinho para Itália quando tinha 17 anos. Também estou sozinho em Manchester e sinto-me bem assim. Você se torna incrivelmente forte mentalmente quando viaja sozinho tão cedo, porque precisa tomar muitas decisões. Tenho certeza de que essa força mental também me ajudou em campo», finalizou.