Pavlidis festeja depois de marcar de penálti o segundo golo do Benfica
Pavlidis festeja depois de marcar de penálti o segundo golo do Benfica — Foto: Kapta+

Lukebakio meteu gasolina super e Pavlidis conduziu até à meta (as notas do Benfica)

Extremo belga teve combustível para 68 quilómetros e algumas acelerações entusiasmaram a plateia; Avançado grego rematou duas vezes e marcou dois golos
O melhor em campo: Pavlidis (7)
Se Lukebakio meteu a gasolina que alimentou o (pouco) entusiasmo dos encarnados, Pavlidis conduziu a equipa à meta, ou seja, ao triunfo. Rematou duas vezes, marcou dois golos. No primeiro, aproveitou um mau desvio de Zé Carlos para disparar forte de pé esquerdo, no coração da área. No segundo, rematou forte com o pé direito na marcação do penálti, a bola foi praticamente para o centro. Matador e avançado de finalização, foi um ponto de referência do ataque sempre muito distante dos companheiros, que raramente lhe entregaram a bola em condições. Sempre marcado de perto, ganhou 10 dos 14 duelos, pelo ar e pela relva, e passou mais tempo a correr atrás da bola, a tentar pressionar os adversários, que a ameaçar Andrew. Fez aquilo que se pede a um avançado e ganhou o jogo.

Trubin (6) — Ao primeiro minuto estava a salvar a equipa, com defesa sensacional com a mão direita após remate de Murilo. Duas defesas também muito boas a remate de Santi e depois a recarga de Luís Esteves no mesmo lance (47). Após um canto desviou disparo de Santi para a barra (47’) e aos 76’ teve de voar para a esquerda para travar remate de Luís Esteves. Mas também poderia ter feito melhor no golo sofrido — ainda tocou com a mão esquerda mas a bola vai para o lado dele.

Dedic (4) — Corte importantíssimo na recarga de Agustín no primeiro minuto. Pareceu sem capacidade física e, por isso, praticamente não ajudou no ataque. Estava a passar despercebido até ser protagonista de dois lances negativos — Agustín deitou-o antes de rematar para defesa de Trubin; perdeu a bola para Agustín em lance perigoso finalizado por Pablo (23’). Na segunda parte, foi batido por Konan na esquerda e depois deixou Joelson cruzar, no lance em que o golo do Gil Vicente foi anulado. Muitas dificuldades com Joelson na segunda parte.

António Silva (4) — Falhou intervenção com a cabeça que permitiu a Pablo isolar Murilo (1’). Perdeu bola para Pablo em lance ofensivo (sofreu falta) e depois derrubou Agustín à entrada da área (10’) — deu golo de Luís Esteves. Intranquilo e inseguro, somou um bom corte de cabeça aos 78’.

Otamendi (7) — Manteve a calma quando ao lado dele, sobretudo no final, muitos tremiam como varas verdes. Grande passe longo a isolar Lukebakio, no lance do penálti que originou o golo da vitória. Ganhou vários lances de cabeça a Pablo, serviu, com serenidade, os companheiros da frente através de lançamentos longos. E prevaleceu numa altura em que outros ameaçavam cair.

Dahl (4) — Mal a sair para o ataque e com muitas dificuldades combinar com Schjelderup. Pouca verticalidade. Esteve envolvido no golo a servir, na primeira tentativa, Pavlidis (18’). Aos 47’ não matou contra-ataque perigoso do Gil Vicente. Aos 49’ deixou Pablo cabecear nas costas para golo que seria anulado. Lance ofensivo interessante aos 57’ quando sofreu falta dura à entrada da área.

Ríos (4) — Aos 90+3' foi batido, por falhar o tempo de entrada, por Konan, que já estava lesionado, lance que resume a desorientação final. Não acertou no tempo e espaço de pressão, até parece que ainda não sabe bem o que fazer e como fazer. Tentou apoiar Lukebakio no ataque e desprotegeu Dedic a defender. Nota positiva para passe a isolar Lukebakio aos 45+3’.

Aursnes (4) — Médio mais recuado, sem capacidade física para se impor aos adversários. E também foi incapaz de iniciar os ataques. No final, foi dos poucos com calma e a jogar mais com razão que com coração.

Sudakov (5) — Remate muito por cima em livre descaído pela esquerda e um bom passe a servir a velocidade foi o melhor que se viu na primeira parte. Na segunda ainda conseguiu libertar-se da teia minhota algumas vezes para ligar o meio-campo com o ataque.

Lukebakio (7) — Não tem gasolina para 90 minutos mas acelerou com gasolina super. Foi o único capaz de criar desequilíbrios individuais e algum entusiasmo na bancada. Nem tudo lhe correu bem, houve cruzamentos errados e dribles falhados, até um passe para trás que causou calafrios aos companheiros. Mas rematou quatro vezes, uma delas com perigo, e ganhou, numa diagonal, vantagem aos defesas minhotos para ser derrubado em falta na área. Penálti e golo do Benfica. Saiu aos 68 quilómetros, ou seja, 68 minutos.

Schjelderup (4) — Dos seus pés saiu o centro para Zé Carlos desviar mal e Pavlidis marcar. Só teve mais uma ação positiva quando serviu Lukebakio à entrada da área, ainda na primeira parte. Pouco intenso a defender, aos 55’ deixou Murilo rematar à barra.

Leandro Barreiro (5) — Entrou para ajudar a pressão, mais do que para ser uma referência na saída para o ataque. Deu energia ao meio-campo.

Ivanovic (5) — Entrou para o ataque e depressa se viu a defender. Somou um remate de longe pé direito ao lado poste direito, um bom corte em momento defensivo, perdeu duas vezes a bola e fez um bom centro.

João Rego (5) — Descaído para a esquerda no ataque combinou uma vez bem com Ivanovic e teve um bom corte.

Tomás Araújo (5) — Foi lateral-esquerdo e, pouco depois de ter entrado, estava no ataque perto da área, mas sem apoio dos companheiros. Deu mais tranquilidade à esquerda.

João Veloso (-) — Entrou e o jogo acabou.