Lesões, Froholdt, Mora e o 'mindset' certo: tudo o que disse Farioli

Francesco Farioli fez, na sala de imprensa do Olival, a antevisão ao jogo entre FC Porto e Nacional, agendado para este sábado (18h00), no Estádio do Dragão.

«Em primeiro lugar, é muito importante voltar a jogar... Tivemos muitos jogadores com as seleções nacionais, então é importante reconectá-los todos aqui. Temos de seguir em frente, sabendo que o que fizemos já faz parte do passado e que estamos ansiosos pelo novo desafio que tem o nome de Nacional. Uma equipa que está bem. Não foi só fora, eles também fizeram ótimas exibições em casa e temos que estar prontos para isso. Uma equipa bem preparada, uma equipa que costumava jogar em 4x3x3 e em 4x2x3x1, mas com muita variabilidade na posse de bola, diferentes tipos de pressão… Temos de estar prontos para todos os cenários.»

«Estamos a avaliar diferentes cenários e diferentes jogadores, diferentes opções, do ponto de vista tática, amanhã veremos. Sobre as lesões, neste período tivemos um pouco de azar, Martim Fernandes, Francisco Moura, Luuk [De Jong] e Eustáquio com a seleção — mas felizmente está recuperado — e também Pepê, são todas lesões traumáticas, e quando a manta começa a ficar curta expõem-se outros jogadores. A lesão do Alberto [Costa] é um pouco consequência disso.»

«É um desafio para todos, mas é um desafio que todos queremos, manter intensidade. Claro que é algo que causa desgaste físico e mental. Mas é o que queremos. Vai ser vantajoso a longo prazo. Rodrigo Mora não jogou três jogos de início, Gabri [Veiga] não estava 100% e ele deu uma grande resposta contra o Sporting. É o que todos devem fazer e estou confiante que eles estarão preparados para isso.»

«Estão com a equipa, treinaram ontem em pleno. Estão de regresso às opções.»

«Não só com ele, acredito que uma das áreas-chave que os jogadores da frente podem melhorar é a atitude defensiva, vontade de defender sem bola, mas nos últimos jogos já dei exemplos do William e de Luuk de Jong, o Borja também teve três grandes recuperações, Mora teve corridas de 80 metros para defender. Se queres atingir algo, para mim não há outro caminho, o sacrifício e o esírito de pôr a equipa em primeiro lugar é uma prioridade. Eles têm o privilégio de ter uma equipa que lhes faz chegar a bola muitas vezes, têm de recompensar com algum sacrifício no aspeto defensivo.»

«Surpreendeu-me o espírito de adaptação e o impacto. Não o conhecia antes de chegar, foi um dos primeiros jogadores que o presidente e o departamento de scouting colocaram em cima da mesa. Foi interessante ver nos vídeos as vibrações positivas, mas o que tenho visto ao vivo é ainda melhor do que as imagens. Estamos todos a celebrar a sua capacidade para correr, é definitivamente uma das suas características que são tão importantes para nós e para ele melhorar como jogador. Mas também está a melhorar no entendimento do jogo e nas decisões, a presença na área. É um jogador que todos os colegas adoram, porque corre por três ou quatro, contagia-os. É um jogador que representa o espírito desta equipa.»

«Pode jogar em três posições. É um jogador que, quando esteve no Spezia, na Serie A, jogou como médio-defensivo. A sua posição principal é defesa-central. Está aqui para ajudar. Pode estar no campo.»

«Não há outra forma que não ter os jogadores no mindset certo. Há dois meses, quando cheguei, percebi as emoções. Provavelmente, os jogadores não eram tão maus na altura e não são tão bons agora. Acho que vamos jogar outra vez num Dragão cheio, é um privilégio. Temos que ter isso em atenção em todas as ações. É um desafio ficar com os pés assentes na terra.»

«Estamos a avaliar. Não gosto de correr riscos quando a situação não é certa. Vamos treinar agora e veremos.»