Técnico falou da família após garantir mais uma final da Libertadores

Jogador do Palmeiras revela palavras de Abel antes da noite mágica

Palmeiras virou eliminatória, depois de derrota por 0-3 na primeira mão, e carimbou apuramento para a final da Libertadores

Noite mágica no Allianz Parque. O Palmeiras, de Abel Ferreira, conseguiu uma remontada épica e está na final da Libertadores. Após derrota com a LDU Quito, no Equador, por 0-3, o verdão acreditou e virou a eliminatória, vencendo por 4-0, em São Paulo. O treinador português tinha avisado que 90 minutos no Allianz Parque era muito tempo. 

Raphael Veiga não foi titular, mas saltou do banco a tempo de bisar. Em entrevista ao Globoesporte, o médio confessou que a equipa confiava que poderia virar o resultado e revelou palavras de Abel Ferreira antes da noite mágica. 

Festejos do Palmeiras depois do golo de Raphael Veiga

«Vou ser bem sincero, sabíamos que poderia reverter este resultado. Até o Abel na palestra disse que se havia equipa que ele apostaria para virar, seria a nossa, por tudo aquilo que fizemos noutros momentos. Então, realmente colocou tudo aquilo na nossa cabeça. Não sabia como ia ser o resultado, mas fomos muito confiantes. Era preciso acreditarmos até ao fim. Vi um cartaz que dizia: ‘90 minutos no Allianz é muito tempo’. E, realmente, a noite foi mágica. Não só pelo jogo e vitória, mas pela festa dos adeptos. Parece que cada um queria contribuir um pouco para a vitória. Acho que isso fez com que a noite fosse mágica», referiu, deixando elogios ao técnico luso. 

«Sempre disse em entrevistas que o Abel que a imprensa muitas vezes vê é diferente do Abel do dia a dia. O Abel, às vezes, grita à beira do campo, nas conferências, fica chateado, mas connosco é muito difícil subir o tom de voz. O Abel é muito sábio nas palavras que usa, a forma como as coisas passam», acrescentou. 

Depois do encontro, Raphael Veiga seguiu para o controlo... antidoping

«Não tive a oportunidade de falar com ninguém, porque fui direto para o doping. O Abel geralmente fala quando fazemos a reza, mas não tive essa oportunidade. Deve ter passado um filme pela cabeça dele, pelo choro, por ter saído do país dele e ter vindo para cá», afirmou. 

O médio contou que, quando estava no banco, sentia que ia entrar e marcar. 

«Quando eu estava no banco e começou o jogo, repetia para mim o tempo todo que ia fazer o quarto golo. E eu falava em voz alta, acho que se perguntar para o Lomba, para os meninos do banco, não sei se eles ouviram, mas eu falo muito. Às vezes quem olha e não me conhece, fala: ‘Poxa, parece um doido, fica a falar sozinho’ (risos). Mas realmente sou doido mesmo para isso», disse. 

«Quando eu faço o terceiro golo, acho que já tinha repetido isso tantas vezes para mim, que acreditei mesmo que eu ia fazer o quarto. E aí olhei para os meninos do banco e falei: ‘Vou fazer mais um’. Que bom que deu tudo certo», completou.