Abel: «Chorei e não gosto de mostrar a minha parte fraca, mas é um alívio»

Abel Ferreira não conteve a emoção no final da partida com o LDU Quito, que garantiu ao Palmeiras presença na final da Libertadores. O treinador português chorou e explicou o estado de espírito no Allianz Parque.

«Ainda não consigo desfrutar das vitórias. Penso que todos os dias tenho de estar a provar o lugar que mereço. Não consigo pensar 'não tenho de provar nada a ninguém'. Tenho de provar todos os dias, a mim mesmo, ao meu grupo de trabalho, aos meus jogadores, que sou bom o suficiente para estar no lugar onde estou e representar um clube com 16 milhões de adeptos, que depositam todas as expectativas nas minhas mãos para que possam viver noites como estas», começou por dizer, sem interromper o raciocínio.

«Mas não sei se vou conseguir ser capaz de entregar este tipo de vitórias, porque no futebol há ganhar, perder e empatar, há pessoas do outro lado que trabalham e querem ganhar tanto quanto eu, por isso odeio perder, sou tão mau perdedor e quando acabou o jogo é um sentimento de alívio. Quero agradecer às pessoas que estão comigo, apetecia-me abraçar muito a minha filha que não está comigo agora, está em Portugal [emociona-se]. Vocês brasileiros são muito família, eu também sou muito família... A família para mim é a base de tudo. Chorei, estou a chorar agora, e não gosto de mostrar a minha parte fraca, mas é isso mesmo, é um alívio», concluiu.

Após vitória na segunda mão da meia-final da Libertadores, o Palmeiras está no derradeiro jogo da prova: vai disputar o troféu com o Flamengo, a 29 de novembro, no Monumental, em Lima, no Peru.

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