Cristiano Ronaldo e João Félix (Imago)
Cristiano Ronaldo e João Félix (Imago)

João Félix: toda a verdade sobre a mudança falhada para o Benfica

A BOLA revela prós e contras de um processo delicado que terminou com um choque de realidade: o poder do dinheiro da Arábia Saudita, aliado à confiança em Jesus e CR7; o jogador fica livre a partir de 2027

Fim da linha. João Félix, atacante internacional português de 25 anos, junta-se ao Al Nassr, que está em estágio na Áustria, e apaga a possbilidade de regressar ao Benfica.

O Al Nassr paga €30 milhões ao Chelsea para ter imediatamente o internacional português e futuramente pagará outros €20 milhões para atingir os tais €50 milhões que os ingleses pretendiam pelo jogador.

De uma forma simplista, prevaleceu o peso do dinheiro da Arábia Saudita, mas também a entrada em cena de Jorge Jesus, treinador do Al Nassr, e Cristiano Ronaldo, ponta de lança português da equipa saudita.

João Félix esteve muito perto do Benfica, como A BOLA lhe contou na passada sexta-feira, mas a contra-proposta do Chelsea (€25 milhões de imediato e o remanescente do passe a ser pago a partir de 2027/28) não teve resposta afirmativa. A obrigatoriedade de pagar pela segunda parte do passe sempre desagradou aos encarnados.

A BOLA revela-lhe agora o restante quadro do processo João Félix, que caiu em cima da Eusébio Cup quando o Al Nassr entrou em cena, convencendo o jogador.

Até então, Benfica e Rui Costa, presidente dos encarnados, tentaram sempre recuperar o jogador para o clube, contando com a Gestifute, de Jorge Mendes, agente do jogador que tem acesso privilegiado aos investidores do emblema londrino.

João Félix, que estava de malas feitas e só à espera de luz verde, queria realmente voltar ao Benfica e sexta-feira ainda tinha em mente a possível presença na Eusébio Cup.

O Chelsea, porém, nunca abdicou de receber determinadas garantias que o Benfica não poderia dar e é aqui que entra a parte do investimento na segunda metade do passe que poderia levar o negócio até aos €50 milhões.

Com a entrada em cena do Al Nassr, o Chelsea passou a poder receber o que sempre quis e ao jogador foi feita uma proposta irrecusável e que lhe permite estar livre em 2027. A decisão foi única e exclusivamente de João Félix e do clube ao qual estava vinculado.

João Félix, refira-se, recusou durante a janela de mercado todas as possibilidades, pensando sempre que o regresso ao Benfica seria o futuro, mas o Al Nassr, Jorge Jesus e Ronaldo foram demasiado.

Desportivamente, o atacante também acredita poder beneficiar, mesmo em vésperas de Campeonato do Mundo. Jogar regularmente no Al Nassr terá o mesmo valor que jogar regularmente no Benfica e será melhor do que jogar de forma intermitente no Chelsea ou noutro qualquer clube.

As possibilidades de ser convocado para o Mundial-2026 são exatamente iguais às de Cristiano Ronaldo, companheiro de equipa no Al Nassr, ou de Rúben Neves e João Cancelo, internacionais portugueses do Al Hilal, rival da nova equipa de Félix na Arábia Saudita.

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