Hamilton exige mudanças urgentes na FIA após controvérsia no México

Lewis Hamilton apelou a uma reforma urgente na Federação Internacional do Automóvel (FIA) na sequência de vários incidentes controversos durante o Grande Prémio do México de Fórmula 1. O piloto britânico criticou a inconsistência nas decisões dos comissários, que, segundo ele, influenciaram diretamente o desfecho da corrida.

A frustração do piloto da Ferrari intensificou-se devido à falta de penalizações em manobras que considerou irregulares, nomeadamente as de Max Verstappen e Charles Leclerc na primeira volta. Ambos os pilotos cortaram a primeira curva pela relva e ganharam posições, enquanto Hamilton, que se manteve em pista, foi prejudicado e perdeu lugares. Nenhuma ação foi tomada contra Verstappen ou Leclerc.

Posteriormente, Verstappen voltou a sair de pista na curva 2, novamente sem ser obrigado a ceder a posição ganha. Em contraste, Hamilton foi penalizado com dez segundos por «obter uma vantagem duradoura» ao cortar a curva 4. Esta sanção custou-lhe um provável pódio com a Ferrari, fazendo-o cair do terceiro para o oitavo lugar.

O heptacampeão mundial não poupou críticas à forma como as decisões são tomadas pelos comissários da FIA. «Não há clareza, e esse é provavelmente um dos grandes problemas. Falta transparência e responsabilidade, além da forma secreta como as decisões são tomadas nos bastidores», afirmou Hamilton.

O piloto britânico sublinhou o impacto profundo que estas decisões podem ter, não apenas no resultado de uma corrida, mas também em carreiras e na luta por campeonatos. «Não sei se eles percebem como as suas decisões podem direcionar carreiras e definir resultados de campeonatos, como já vimos no passado. É algo que precisa de ser trabalhado», concluiu.

Hamilton defende que a FIA deve rever os seus processos e implementar critérios mais transparentes e públicos na aplicação de penalidades, argumentando que a credibilidade da Fórmula 1 está em jogo.

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