FIA iliba Liam Lawson de culpas no incidente com comissários no México

A FIA defendeu Liam Lawson, piloto da Racing Bulls, afirmando que este «não teve culpa» num incidente que quase resultou numa colisão com dois comissários de pista durante o Grande Prémio da Cidade do México.

O episódio ocorreu na terceira volta da corrida, quando Lawson se deparou com dois comissários que limpavam detritos no primeiro setor do circuito. O incidente levou a uma investigação por parte do órgão que rege o desporto motorizado.

Apesar de a investigação ainda não estar concluída, a federação de automobilismo do México, a OMDAI, emitiu um comunicado na quinta-feira acusando Lawson de não ter abrandado o suficiente sob o regime de bandeiras amarelas duplas e de não ter alterado a sua trajetória na primeira curva ao aproximar-se dos comissários.

Em resposta, e sem mencionar diretamente a OMDAI, a FIA divulgou na sexta-feira uma declaração própria, ilibando o piloto neozelandês de qualquer responsabilidade.

«Embora a investigação continue, reconhecemos que qualquer situação em que os comissários se encontrem na pista perante carros a alta velocidade é algo que nunca queremos ver e, por isso, é natural que tal incidente provoque preocupação e vários comentários», pode ler-se no comunicado da FIA.

A entidade máxima do automobilismo acrescentou: «Felizmente, este incidente não resultou em consequências graves, mas estamos a conduzir uma investigação interna para compreender exatamente o que aconteceu e identificar áreas onde os procedimentos podem ser melhorados».

A FIA confirmou que está a colaborar com a OMDAI e com a equipa Racing Bulls para melhorar a segurança no desporto. A análise completa levará tempo, pois envolve a revisão de todas as provas, incluindo comunicações de rádio em várias línguas.

«Após analisar a telemetria do incidente, podemos confirmar que o piloto do carro n.º 30, Liam Lawson, abrandou apropriadamente e reagiu corretamente às bandeiras amarelas duplas mostradas na zona, travando mais cedo do que noutras voltas e passando significativamente mais devagar do que a velocidade de corrida na Curva 1. Ele não tem culpa neste incidente», concluiu a FIA.

Aparentemente, o incidente resultou de um erro de comunicação. Os comissários foram enviados para a pista na crença de que todo o pelotão já tinha passado pelas primeiras curvas no início da terceira volta. No entanto, Lawson ainda não tinha passado por essa secção, pois tinha ido às boxes no final da segunda volta para trocar a asa dianteira.

Logo após a corrida, a FIA explicou que os comissários foram enviados para a pista sem que se soubesse que Lawson tinha parado nas boxes. Assim que a presença do carro da Racing Bulls foi notada, a ordem foi cancelada e as bandeiras amarelas duplas foram imediatamente acionadas.

A FIA terminou a sua declaração com um agradecimento: «Gostaríamos de expressar os nossos sinceros agradecimentos aos voluntários e comissários pelo seu profissionalismo e dedicação. Sem eles, o nosso desporto não poderia funcionar em segurança».

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