Francesco Farioli - Foto: Catarina Morais/Kapta+
Francesco Farioli - Foto: Catarina Morais/Kapta+

FC Porto: um quarteto de jogadores revitalizado pela mão de Farioli

Muito dedo do treinador na metamorfose do desempenho desportivo de Alan Varela, Zaidu, Deniz Gul e Pepê em relação à época passada. Trabalho psicológico no divã do Olival está a ter excelentes resultados

A chegada de Francesco Farioli ao FC Porto representou um enorme upgrade em vários domínios, não apenas desportivamente falando -- resultados em concreto --, mas também em termos de organização, cultura do clube, comunicação e também (e não menos importante) na parte mental. E nessa vertente há a destacar o facto de o treinador italiano estar a conseguir extrair o melhor e o máximo possível dos jogadores na sua globalidade, havendo alguns merecedores de mais ênfase, tendo em conta o que produziram em 2024/2025 em termos individuais.

Os casos mais flagrantes são os de Alan Varela, Pepê, Zaidu e Deniz Gul, com o azarado Nehuén Pérez a merecer, igualmente, menção: estava a realizar um bom arranque de temporada até o infortúnio lhe bater à porta e se lesionar com gravidade, sofrendo uma rotura total do tendão de Aquiles, que o afastará dos relvados durante largos meses.

Esta reabilitação mental de jogadores que, pelas mais variadas razões, não conseguiram colocar ao serviço do coletivo todo o potencial na época passada, é, em grande parte, mérito de Farioli, que, auxiliado de perto pelos seus adjuntos, conseguiu recuperar francas mais-valias para o grupo de trabalho. Alan Varela é outro em campo, o mesmo se passando com Pepê, que já reconheceu publicamente que a parte mental lhe colocou grandes entraves no seu desenvolvimento enquanto profissional em 2024/2025.

Zaidu também enfrentou uma longa paragem devido a lesão e, quando voltou ao ativo, deparou-se com a forte concorrência de Francisco Moura, jogando raramente sob o comando técnico do argentino Martín Anselmi.

Mas há mais exemplos concretos do (invisível) trabalho psicológico do treinador dos dragões, que parece ter levado os atletas que tinham a autoestima em baixo ao divã, conseguindo fazer-lhes ver o quão importantes podem ser e que têm qualidade para ajudar o FC Porto.

A resposta tem saltado à vista desarmada, com exibições em campo que enchem de orgulho o sempre exigente universo azul e branco. O trabalho de Farioli vai muito além do que faz no banco e nos treinos, pois privielgia a criação de uma relação de proximidade com os atletas, procurando inteirar-se de questões pessoais, como o bem estar da família e outros problemas que possam afetar o rendimento dos futebolistas.

Voltou a instalar-se uma aura positiva no Olival e a forma empenhada como decorrem os treinos, aliada à alegria contagiante que emana do rostos dos jogadores é elucidativa do papel determinante que o técnico italiano e a sua vasta equipa técnica estão a ter no subconsciente dos profissionais do FC Porto.

Alan Varela, Pepê, Zaidu e Deniz Gul, são os casos mais gritantes. O internacional turco surgiu completamente revigorado nos últimos tempos, aproveitando a lesão de Luuk de Jong. Tem acrescentado muita qualidade e disponibilidade física à equipa, mormente nas receções ao Estrela Vermelha e Benfica. As crises de confiança e de identidade já lá vão e, agora, volta a haver portistas de sangue na guelra dentro de campo.

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