FC Porto: o objetivo da folga a dois dias de Arouca e o que vai na mente de Farioli
O FC Porto de Francesco Farioli continua a impressionar. A deslocação a Salzburgo foi difícil, como prometia ser, mas os dragões superaram mais um exame e dilataram o registo imaculado desta temporada para os sete triunfos em outros tantos desafios. Ainda assim, e não obstante a beleza de mais um golaço de William Gomes, a equipa azul e branca deparou-se com dificuldades que ainda não tinha experimentado em 2025/26, pelo menos de forma tão notória. Nada que tire o sono ao treinador italiano. O mais importante, a vitória, foi conseguido e os problemas sentidos na Áustria foram prontamente identificados.
No que toca ao aspeto tático, Farioli fez a análise em tempo real. O Salzburgo povoou o corredor central e atraiu as marcações de Froholdt e Gabri Veiga, deixando Alan Varela, um dos catalisadores da saída de bola portista, desamparado e, em várias ocasiões, numa situação de dois para um. A juntar a isto, Zaidu não foi eficaz a fechar o flanco esquerdo, o que motivou o homem do leme dos dragões a mexer em dose tripla logo aos 53’. Mas, mais do que o xadrez que se joga no relvado, tanto Farioli como a equipa técnica do FC Porto têm a consciência de que o ritmo que tem sido habitual nesta primeira fase de época dificilmente será sempre mantido.
Os tempos de descanso encurtam, os adversários apresentam diferentes valências e manter a rotação no nível máximo durante semanas a fio é um cenário utópico. Daí que, pese embora a proximidade do jogo com o Arouca (é já amanhã), o técnico portista tenha optado, ontem, por dar folga ao plantel.
Além do natural cansaço gerado pelas viagens, Farioli quis que os jogadores pudessem serenar ideias na antecâmara do microciclo de jogos que se avizinha: depois da ida à Serra da Freita, os azuis e brancos defrontam o Estrela Vermelha na quinta-feira e, no domingo (5 de outubro) recebem o rival Benfica, num clássico que, além da exigência que lhe é inerente, virá acompanhado de grande carga psicológica.
O treinador quer, portanto, que os jogadores encarem os três jogos que se seguem com o máximo de frescura possível em todos os aspetos. Ainda assim, e porque é um perfecionista, Farioli pretende subir ainda mais o nível. No FC Porto, há a clara ideia de que a evolução registada em relação a 2024/25 tem sido tremenda, mas, como o próprio técnico tem vindo a frisar, há aspetos a aprimorar. Farioli confia no processo de trabalho que implementou e, dos jogadores, espera o que tem recebido até agora: espírito de missão. Hoje, é dia de voltar ao Olival… com o pé no acelerador.