Esquadrão antibomba e atiradores furtivos: as medidas de proteção de Israel em Itália
Itália recebe esta terça-feira, no Estádio Friuli, em Udine, a seleção de Israel, em jogo a contar para o apuramento europeu para o Mundial 2026. Já foi anunciado um protesto pró-Palestina antes do apito inicial e as forças de segurança italianas decidiram adotar medidas de segurança (muito) musculadas.
Junto ao hotel onde está Israel há atiradores furtivos nos telhados e todas as tampas de esgoto foram seladas, de modo a que ninguém possa por elas passar para tentar chegar à comitiva israelita. Há equipas de desarme de explosivos prontas para agir em caso de necessidade. Os estabelecimentos comerciais têm indicações para fecharem mais cedo e os atiradores também estarão presentes na cobertura do estádio durante a partida.
A Federação Italiana anunciou que apenas 8 mil dos 25 mil lugares foram vendidos e que o jogo decorrerá normalmente. No momento da saída de Israel do hotel para o estádio as estradas estarão cortadas. A comitiva israelita será escoltada por agentes policiais e militares, que também contribuirão para a segurança no estádio. A imprensa italiana avança que são esperadas 10 mil pessoas no lado de fora do recinto, em protesto, sendo que, já na última segunda-feira, alguns manifestantes fizeram-se ouvir, pedindo que a seleção israelita fosse impedida de participar no Mundial.
O apuramento de Israel para o Mundial é cada vez mais uma miragem. Os israelitas já não podem alcançar o primeiro lugar do grupo I, liderado pela Noruega, que garante a qualificação direta, e, em caso de derrota em Itália, ficam impossibilitados de chegar ao segundo posto, que dá acesso ao play-off.