Entrega de Borja Sainz cativa universo portista

Borja Sainz tem demonstrado uma enorme capacidade de adaptação ao estilo de jogo exigente do FC Porto. Sob o comando de Francesco Farioli, o jogador tornou-se uma peça-chave na dinâmica defensiva e ofensiva da equipa, destacando-se pela sua capacidade de exercer pressão alta e pela vontade inquebrável de recuperar a posse de bola, características que foram evidentes na última jornada da Liga contra o Nacional.

Pegando nas palavras de Francesco Farioli, terá sido a partida menos fluída dos portistas até ao momento, com uma pausa para as seleções que trouxe desgaste acrescido a peças importantes do onze. Não foi o caso do espanhol, de 24 anos, que ficou tranquilo a trabalhar no Olival.

Contra os madeirenses, Borja impulsionou o coletivo com iniciativas pela ala esquerda, neutralizando muitos dos ataques adversários e descobrindo os melhores caminhos para o FC Porto chegar à área de Lucas França. Na ausência de alguma chama coletiva, sobressaiu ao projetar-se também para a zona do ponta de lança, arrancando a grande penalidade que se revelou decisiva para os azuis e brancos somarem o quinto triunfo consecutivo - da marca dos 11 metros, Samu fez o 1-0 final.

O início de Borja Sainz nos dragões foi discreto, com menor influência nos dois primeiros jogos. Nesse período embrionário da época, o jogador contratado ao Norwich, de Inglaterra, ainda mostrou sinais do seu potencial ao realizar uma assistência no triunfo por 3-0 contra o V. Guimarães. Mas deu muito de si em termos defensivos e isso foi um aspeto sempre destacado pelo treinador. O desempenho de Borja trouxe-lhe elogios de Francesco Farioli e o reconhecimento dos adeptos, que apreciaram o impacto positivo do reforço espanhol no rendimento da equipa.

O ponto de viragem para um desempenho mais completo aconteceu no jogo contra o Casa Pia, onde marcou dois golos e ganhou confiança para assumir um papel mais ativo no ataque. Além da sua entrega defensiva, Borja Sainz demonstra inteligência tática ao ocupar espaços estratégicos, facilitando a construção de jogadas e a criação de oportunidades. Contudo, ainda há aspetos a melhorar, como o controlo de bola em zonas de finalização. Em situações de maior pressão, especialmente contra equipas bem organizadas defensivamente, como o Nacional, o espanhol, que tem fama de ter remate fácil, apresentou algumas dificuldades. Em contrapartida, contra o Casa Pia, conseguiu impor-se com eficácia, mostrando a sua capacidade de adaptação ao estilo de jogo do FC Porto.