Diogo Ribeiro conta que antes de chegar à final e bater recordes teve dias com vómitos e nadou mal disposto
Enquanto Francisca Martins alcançou um sensacional 5.º lugar com máximo nacional de 4.04,57m, Diogo Ribeiro foi 7.º classificado nos 100 livres e também fixou um novo recorde português, em 46,61s.
Pela terceira vez, o nadador luso percorreu a distância abaixo dos 47s – a segunda havia sido na véspera – e continua a ser o único português a realizar o feito. Agora ainda com mais valor por ter sofrido uma intoxicação alimentar cinco dias antes do Euro romeno, e durante quatro sem sequer treinou.
Momentos que marcaram uma edição onde a Seleção alcançou cinco finais, quatro individuais, 13 semifinais e 15 recordes nacionais, cinco nas estafetas.
Mas ele Ribeiro sabia o quanto lhe saíra do corpo para este novo tempo e na véspera ter fechado o oito dos oito finalistas com 46,95s. Abaixo dos 47,17 com que havia sido 10.º nas qualificações entre 43 participantes.
«Sim para a forma em que estou depois do que passei na última semana, este resultado é incrível. Nem eu acreditava que seria possível, mas também é bom para refletir e ficar a pensar que caso tivesse competido bem estaria, de certeza, a lutar pelas medalhas», contou o nadador do Benfica a A BOLA. Dias antes ficara à porta das finais dos 50 e 100 mariposa ao ser 9.º. Na primeira por apenas 3 centésimos.
A final dos 100 livres foi ganha pelo francês Maxime Grousset (45,46), seguido do italiano Alessandro Miressi (45,51) e do romeno David Popovici (46,06). «Mas agora já passou. Isto fica para trás e é voltar a trabalhar para o próximo grande objetivo, o Mundial de Doha [piscina longa], em fevereiro», adianta.
Ainda assim bateu vários recordes nacionais [100 livres, 50 mariposa duas vezes e 100 mariposa e dois de estafetas]. «Sim, nas cinco provas diferentes que disputei. Sempre que nado quero dar o melhor, mas senti-me mal em algumas».
«Fui treinando desde que cheguei mas, no início foi o problema de vir de uns dias parado e com vómitos. Uma vez que isso passou, fui recuperando e ficando cada vez melhor», contou o vice-campeão mundial de 50 mariposa em Fukuoka-2023, que antes do Natal ainda ajudará o Benfica a defender o título masculino no Nacional de clubes.
Caiu o recorde mundial mais antigo da natação
Ainda ontem, de destacar a queda do mais antigo recorde do mundo da natação, quer em piscina curta como longa, com o irlandês Daniel Wiffen a conseguir 7.20,46m na final dos 800 livres, retirando assim 2,96s à marca que o multicampeão australiano Grant Hackett (7.23,42) estabelecera em julho de 2008, em Melbourne. Na altura, Wiffen, que também foi ouro nos 400 e 1500 livres, tinha 7 anos.