Francisca Martins: «Sabia que era possível bater o recorde»
Com Francisca Martins a qualificar-se para a final dos 400 livres no 8.º lugar (4.07,36m), entre 23 participantes, naquela que foi a última sessão de eliminatórias do 22.º Europeu de Otopeni-2023 em piscina curta, à tarde Portugal acabou por encerrar a participação no campeonato com dois finalistas e com recordes.
Enquanto Francisca alcançou um sensacional 5.º com máximo nacional de 4.04,57m, Diogo Ribeiro foi 7.º classificado nos 100 livres e também fixou um novo recorde português, em 46,61s. Pela terceira vez, o nadador luso percorreu a distância abaixo dos 47s – a segunda havia sido na véspera – e continua a ser o único português a realizar o feito. Agora ainda com mais valor por ter sofrido uma intoxicação alimentar cinco dias antes do Euro romeno, e durante quatro sem sequer treinou.
Cinco finais, 15 recordes
Momentos que marcaram uma edição onde a Seleção alcançou cinco finais, quatro individuais, 13 semifinais e 15 recordes nacionais, cinco nas estafetas.
«Sabia que era possível bater este recorde ainda este ano. Não gosto de nadar em piscina curta mas tenho tido uma boa evolução. Sobretudo após ter conseguido 4,5m no Meeting do Algarve, sabia que seria um bom objetivo até ao final da época e para os campeonatos», referiu a A BOLA Francisca, recordando que ainda há um mês, em Albufeira, concretizara o máximo pessoal de 4.05,83m.
«Agora, ter estado numa final no Europeu, acabar no 5.º lugar e ainda por cima ser em piscina de 25m, que não é a minha especialidade, foi incrível. É muito recompensador. Tenho trabalhado bastante nos últimos anos e as coisas têm estado a sair bem», acrescentou a atleta. Ao derrubar os 4.04,61m que Diana Durães detinha como recorde de Portugal desde o Euro de Copenhaga-2017, juntou este máximo aos dos 200 livres.
O ouro dos 400 livres foi para a italiana Simona Quadarella (3.59,50), com a francesa Anastasiia Kirpichnikova (3.59,56) e a belga Valentine Dumont (4.00,84) a ocuparem os restantes lugares do pódio