Custou 95 milhões ao Liverpool, mas admite: «Em criança era muito, muito fraco»
Hugo Ekitiké, de 23 anos, foi contratado pelo Liverpool este verão por nada menos do que 95 milhões de euros ao Eintracht Frankfurt, e, até ao momento, não tem desiludido com a camisola dos atuais campeões da Premier League. No entanto, até atingir o seu estatuto atual, o francês percorreu um longo e, por vezes, árduo caminho.
Numa extensa entrevista concedida à BBC, Ekitike falou sobre os momentos-chave da sua carreira até agora, incluindo os desafios da formação, o ultimato dos pais e o clube que mais contribuiu para o seu desenvolvimento profissional e humano.
«Quando tinha 14 anos, jogava na academia do Reims e lembro-me que era muito, muito fraco. Tinha qualidade, mas era demasiado sonhador em campo. Os meus pais disseram-me muito claramente que, se as coisas continuassem assim, no final da época iriam tirar-me do futebol. Esse foi o primeiro ponto de viragem na minha vida. Motivou-me imenso. Não queria desistir, sentia e queria ser o melhor. E foi o que aconteceu, depois dessa conversa, transformei-me.», começou por dizer o francês.
Seguiu-se o período passado no PSG, do qual Ekitike se recorda agora com carinho, embora na altura sentisse que não estava no lugar certo.
Tornar-me um bom jogador era o maior desejo da minha vida. O início do meu percurso em Paris familiarizou-me mais com o fracasso. Havia muitos jogadores extremamente talentosos e sentia que a minha oportunidade nunca chegaria. Mas, no final, momentos como esses tornam-te muito mais forte. Em primeiro lugar, a nível mental. Tornei-me um futebolista melhor, mas também uma pessoa totalmente mudada para melhor a partir desse momento. Estou extremamente grato a todos lá.
No final da entrevista, o avançado de 23 anos falou sobre o que vive agora no Liverpool, como se adaptou ao futebol inglês e os seus planos para o futuro.
Quando soube que este clube enorme, o Liverpool, estava interessado em mim, senti-me extremamente orgulhoso. Depois, quando a transferência se concretizou, nem sabia como reagir. Obviamente, estava muito feliz, mas tudo parecia irreal. Fico feliz por ter começado bem, mas isso não significa nada. No futebol, trata-se de consistência. A certa altura, podes estar no topo e depois afundar. Eu não quero conhecer a segunda opção. Estou pronto para trabalhar arduamente, para me aperfeiçoar e para ajudar a equipa o máximo que puder para ganhar troféus importantes.
Convocado por Didier Deschamps para a seleção principal de França, Ekitike tem agora pela frente a dupla jornada com o Azerbaijão e a Islândia, na qualificação para o Mundial de 2026.
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