Álvaro Carreras estreou-se a marcar pela equipa principal do Real Madrid
Álvaro Carreras estreou-se a marcar pela equipa principal do Real Madrid - Foto: IMAGO

Carreras e saída do Benfica: «Sonhava vir para o Real Madrid»

Espanhol ex-Benfica fez um golaço no Bernabéu, o primeiro pelos 'merengues' e desvalorizou comparações com... Roberto Carlos

Álvaro Carreras estreou-se a marcar pelo Real Madrid na goleada ao Valência, por 4-0, e com um autêntico golaço. No final do jogo, o espanhol revelou que não tinha uma celebração pensada, pelo que agiu simplesmente por instinto.

«Eu sou defesa, não penso em comemorações. Não sabia como comemorar, então dei um beijo no escudo. É algo de sonho. É algo com que sonho desde que cheguei aqui, mas não tinha pressa. Chutei com a alma, não com a perna. A bola entrou, por isso estou super feliz. Graças a Deus que entrou», começou por dizer, na zona mista, não se querendo comparar a... Roberto Carlos.

«Digo sempre que estas coisas não se pensam e têm de sair de dentro. Graças a Deus pude fazer o meu primeiro golo com esta camisola e estou muito contente. Roberto Carlos? Não [risos], há palavras maiores. É um orgulho, estas coisas acabaram por chegar, não tive nenhuma pressa, trabalho para os outros, mas sempre que posso ajudar a equipa... tento. Sempre sonhei jogar aqui, é uma loucura jogar diante de todos os nossos adeptos, tantos, é uma loucura», disse, ao canal do clube, revelando o que Xabi Alonso lhe pediu.

«Desde que cheguei, sempre disse que iria apoiar a equipa da melhor forma possível. Às vezes, tenho de jogar mais defensivamente. Hoje, pude avançar um pouco mais. Estou muito feliz por estar aqui e espero que haja muitos mais jogos. Sempre é possível melhorar, mas vejo a equipa num nível muito alto. Temos demonstrado isso em vários jogos, contra o Barça, que foi um grande jogo de todos, e hoje também. Esperemos que haja mais», atirou, esperando uma convocatória de Luis de la Fuente.

«Para mim, é um orgulho poder representar o meu país. É um ano bonito. Continuo a trabalhar constantemente em mim e no meu clube. Aprendi muito desde que cheguei com os meus companheiros. Para mim, é um orgulho continuar a ajudar. O que tiver de ser, será», explicou, falando da rivalidade com Lamine Yamal, até nos jogos pelo Benfica.

«Gostei de todos os jogos que fiz contra ele. Estive bem, estudo bastante os meus adversários e foi um grande jogo de toda a equipa», afirmou, falando também da transferência das águias para Madrid, por 50 milhões de euros. «Não são coisas minhas. Eu sonhava em vir para cá. São coisas entre clubes, não me meto nisso. Chegaram a um acordo e pronto», justificou, elogiando Mbappé e Vinícius Júnior.

«Estou super feliz por ele. Ontem, ele recebeu um prémio importante. Fico muito contente, ele merece. Espero que este ano aconteça novamente. Vini? Ele não precisa de me pedir perdão. Eu acredito nele e amo-o. É um companheiro incrível, temos uma relação muito boa e isso fica dentro de casa», garantiu, enaltecendo o grande grupo de trabalho.

«O dia a dia é sempre o mesmo: trabalho de manhã e descanso à tarde. Desde o primeiro dia, todos me ajudaram muito. Eu já conhecia alguns. Dean Huijsen, da seleção. Com Asencio, convivi quando era pequeno. Mas todos. Vini, Courtois... Muito próximos. Internamente, temos um grupo incrível e é isso que nos fará ganhar muitos títulos», atirou.

«Sabíamos que era muito importante para continuar, vamos jogo a jogo, focados no próximo, mas sabíamos que este jogo era muito importante para manter a distância no topo. A verdade é que estamos com uma mentalidade muito importante quando perdemos a bola, pressionamos alto, estamos a fazê-lo muito bem e é continuar com a baliza a zeros, que é isso que nos vai levar às vitórias», finalizou.