Bruno Lage com Rui Costa no dia da apresentação (Foto: MIGUEL NUNES)

Bruno Lage, um ano depois e €155 milhões: o balanço

Ganhou Taça da Liga e Supertaça e falhou o objetivo principal: Liga. Arrancou 2025/2026 com êxito: Supertaça, fase de liga da Champions e nove pontos em três jornadas do campeonato

Bruno Lage foi apresentado no Benfica a 5 de setembro de 2024. Ou melhor: reapresentado, pois já orientara as águias entre janeiro de 2019 e junho de 2020.

Lage, há um ano, disse logo ao que ia: «Quero um futebol que os adeptos gostem de ver». No dia seguinte, 6/9, deu o primeiro treino. Foi há um ano. Ficou de fora do objetivo mais importante da época passada (Liga), mas ganhou Taça da Liga e Supertaça Cândido de Oliveira.

Melhores jogos de 2024/2025? Talvez quatro: dois 4-1 ao FC Porto (10/11 e 6/4) para a Liga, 4-0 ao Atlético Madrid (02/10) e 2-0 em casa da Juventus (29/01) ambos para a Liga dos Campeões.

Piores jogos? Talvez cinco: 1-2 com o SC Braga (04/01), 1-3 com o Casa Pia (25/01) e 2-2 com o Arouca (13/4) para a Liga, 1-3 com o Feyenoord (23/10) para a Liga dos Campeões e 1-4 com o Chelsea no Mundial de Clubes (28/06)

O primeiro treino após o regresso contou com apenas seis jogadores do plantel principal: Florentino Luís, Renato Sanches, Rollheiser, Prestianni, Schjelderup e Arthur Cabral. Agora, um ano depois, a fotografia é quase igual. Lage trabalha com apenas sete atletas do plantel principal: Samuel Soares, Tomás Araújo, Barrenechea, Diogo Prioste, Prestianni, Aursnes e Henrique Araújo.

A Direção liderada por Rui Costa investiu (a curto prazo ou não) nada menos de 156 milhões de euros nas duas janelas de mercado em que Bruno Lage era o treinador.

Entre empréstimos e contratações, o Benfica adquiriu o passe de 11 jogadores. Quatro em janeiro de 2025, sete no verão de 2025. Total investido (ou ainda a investir): 155 milhões de euros. Os mais caros chegaram no arranque deste época: Sudakov, Ríos, Ivanovic e Lukebakio.

2025/2026 poderá ser a primeira época do Benfica dirigida, de ponta a ponta, por Bruno Lage. Fez a segunda metade de 2018/2019, não terminou a de 2019/2020 e falhou os primeiros quatro jogos de 2024/2025. Agora, em 2025/2026, começou com o pé direito: Supertaça Cândido de Oliveira no bolso, tal como a qualificação para a fase de liga da Liga dos Campeões, além de três vitórias nos três primeiros jogos da Liga. Resta cumprir o que prometeu na reapresentação de há um ano: «Quero um futebol que os adeptos gostem de ver».