Vídeo de bastidores do primeiro dia do novo reforço do Benfica no Seixal transparece detalhe sobre o dorsal que vai envergar de águia ao peito

Um novo Benfica para Lage trabalhar

Mais opções de ataque e ponto de interrogação no desenho tático preferido do treinador

O período para a transferência de jogadores encerrou na segunda-feira passada e o plantel do Benfica ganhou sete caras novas, relativamente à época passada — Dedic, Obrador, Enzo Barrenechea, Richard Ríos, Sudakov, Lukebakio e Ivanovic. Sem contar com Henrique Araújo, que fazia parte dos quadros do clube mas esteve emprestado ao Arouca em 2024/25, e com jovens como Diogo Ferreira, Gonçalo Oliveira, Joshua Wynder, Nuno Félix, Diogo Prioste ou João Veloso, da formação e alguns deles já antes lançados por Bruno Lage, que, embora possa haver ajuste mais à frente, integraram o plantel.

A SAD encarnada investiu como nunca, €135,8 milhões fixos (encaixou com saídas um valor, também sem contar com variáveis, de €118,5 milhões), e Lage agora tem um grupo com mais opções.

Na defesa, a contratação de Dedic (por €10 milhões) já se mostra acertada, dando fulgor ao flanco direito semelhante ao que Carreras (saiu para o Real Madrid, por €50 milhões) deu na época passada pela esquerda. Samuel Dahl assinou em definitivo e assume a titularidade como lateral-esquerdo, com Obrador à espera de oportunidade para mostrar que vale. Otamendi, António Silva e Tomás Araújo ficaram e a estabilidade está garantida ao centro, na frente de baliza também sem alterações, com Trubin e Samuel Soares, que tem jogado mais neste arranque de época e com boa resposta.

O meio-campo sem Florentino (saiu por empréstimo de €2 milhões e cláusula de compra obrigatória de €24 milhões, para o Burnley) está agora moldado à qualidade de passe de Barrenechea e à combatividade e capacidade para reduzir espaços de Ríos. É daqui para a frente que as últimas semanas deixam o treinador mais feliz e maiores dúvidas se colocam.

A contratação de Sudakov, pode alterar muito. Com ele, Lage pode prescindir da tática com dois pontas de lança, lançando o criativo ucraniano como 10, ou médio-interior pela esquerda, terrenos que Sudakov está habituado e gosta de pisar. Por outro lado, a chegada de Lukebakio vai permitir mais agressividade e sentido de baliza no flanco direito, até aqui preenchido por Aursnes, com grande rendimento, mas, naturalmente, num registo de diferente, de maior equilíbrio para facilitar as subidas de Dedic pelo flanco. O que lança a pergunta? Que papel estará destinado ao competentíssimo médio norueguês?

À esquerda, Schjelderup parece ter via aberta para mais minutos, se ele corresponder de forma consistente ao que lhe pede o técnico.

Tendo em conta as contratações mais recentes, de Sudakov e Lukebakio, e a qualidade e investimento alto feito nos dois jogadores, parece, então, menos provável um Benfica com dois pontas de lança juntos de início. Pavlidis e Ivanovic, este último jovem, mas caro (€22,8 milhões), devem correr pela titularidade.

Trata-se de um Benfica renovado, quase novo, para atacar época de grandes desafios.

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