Benfica: «Propuseram-me abandonar a AG quando Vieira começasse a falar»
Martim Mayer lamentou o chumbo do regulamento eleitoral do Benfica, discutido em Assembleia Geral, no sábado. O candidato à presidência encarnada, em entrevista à SIC Notícias, responsabilizou a candidatura encabeçada por João Diogo Manteigas pelos momentos de tensão que tiveram lugar da parte da manhã: «Há duas listas que dominam as Assembleias Gerais e uma delas teve bastante responsabilidade em que as coisas tenham saído do controlo, não estou a dizer que quisesse, mas teve muita.»
«Vieram propor-me diretamente abandonar a Assembleia Geral quando Luís Filipe Vieira começasse a falar. Opus-me veementemente. Temos de saber ouvir as pessoas todas, aquelas com quem concordamos e aquelas com que não. Se fui lá [à Assembleia Geral] ouvir todos porque é que hei de abandonar? Não encontro razão para isso», reforçou Mayer antes de revelar que o convite partiu de João Diogo Manteigas.
O líder da candidatura Benfica no Sangue acusou ainda os apoiantes de Manteigas e de Noronha Lopes de apupar o discurso a favor do voto eletrónico proferido por Manuel Constantino, delegado das casas do Benfica nos EUA e no Canadá. «Quem estiver numa Assembleia Geral compreende ao fim de 3 minutos que há uma cartilha. Quem está de acordo, pode dizer o que quiser, quem está contra não pode falar e é assobiado», criticou Martim Mayer.
Face a este clima, o gestor defendeu a inevitabilidade do chumbo do relatório e contas e o regulamento eleitoral. «Queremos um Benfica diferente, fresco, com pessoas que vêm com novas competências para desenvolver o clube, mas não se podem trazer fatores de instabilidade para o plantel que promovam que o Benfica não ganhe em campo», apelou Martim Mayer.