Froholdt pegou de estaca (foto: CATARINA MORAIS/KAPTA+)

Bem-vindos ao mundo encantado de Froholdt (as notas do FC Porto)

Médio dinamarquês é um poço de energia contagiante e desbravou o difícil caminho para a vitória do FC Porto em Barcelos. Bednarek, Zaidu e Pepê em alta rotação, num jogo em que Mora foi ovacionado
Melhor em campo: Froholdt (nota 8)
Os 20 milhões que André Villas-Boas investiu no internacional dinamarquês podem ser uma autêntica pechincha se o jovem médio mantiver esta performance desportiva durante a época em curso. Foi da sua cabeça que o FC Porto conseguiu desbravar o caminho para uma vitória suada diante de um aguerrido Gil Vicente, mas Froholdt é um autêntico pulmão no meio-campo azul e branco. Joga, desarma, faz jogar, pauta ritmos, lança os companheiros, estica o jogo como quer, com passada larga. É um verdadeiro reforço na acepção da palavra. Um motor que carbura como poucos, com uma enorme intensidade, sempre com o coletivo à frente do individual. Além do golo que apontou, destaque ainda para o facto de ter impedido sobre a linha o Gil Vicente de empatar na primeira parte. Um colosso este jovem nórdico.

Diogo Costa (6) — Mais nervoso do que é costume, depois de uma entrada ríspida que sofreu e não foi sancionada pelo árbitro, o guarda-redes do FC Porto viu Luís Esteves acercar-se com perigo em dois remates perigosos. Esteve bem no lançamento dos companheiros no ataque, sempre em profundidade. Muito atento também às transições do Gil Vicente.

Alberto (6) — Não teve um jogo tão completo como contra o Vitória de Guimarães, mas mesmo assim foi assertivo a defender e competente a atacar. Está a ganhar confiança a cada partida e promete ser um jogador muito importante numa temporada que será longa e seguramente desgastante a todos os níveis.

Nehuén Pérez (6) — A chegada de Bednarek ao FC Porto parece ter ajudado a serenar o defesa-central argentino. Muita entrega e disponibilidade física para ajudar o FC Porto a não sofrer golos pelo segundo jogo oficial consecutivo.

Bednarek (7) — Assume-se cada vez mais como o novo patrão da defesa do FC Porto. Autoritário, comandou sempre as operações e muitas vezes acertou as posições dos companheiros em campo. Foi ele que serenou Diogo Costa quando o guarda-redes se irritou com o árbitro da partida. Mais uma excelente atuação do jogador contratado ao Southampton.

Zaidu (7) — Numa altura em que a equipa mais necessitava dos seus préstimos, regressou ao onze quase ano e meio depois com um jogo muito competente e uma assistência para Pepê dar mais relevo ao marcador em Barcelos. Seguro a defender e expedito no ataque, com cruzamentos sucessivos para a zona de finalização.

Alan Varela (6) — Motivado pela chamada à seleção da Argentina, o sub-capitão dos dragões voltou a ser preponderante na luta do meio-campo no Minho. Muito batalhador, sempre em rotação máxima, dando a entender que está de volta à melhor forma.

Gabri Veiga (7) — Raçudo, parece que veste a camisola dos dragões há anos. Combativo, com boa qualidade de passe, ele que serviu Zaidu no 0-2, com o nigeriano a servir a preceito Pepê no coração da área. Muito abnegado, não deu um lance por perdido, mas na segunda parte acusou algum cansaço, daí Francesco Farioli ter refrescado o meio-campo com a entrada de Eustáquio. Boa exibição do jovem galego dos dragões.

Pepê (7) — Com um contexto desportivo diferente, o brasileiro está a ter um começo de época de encantar. Marcou pelo segundo jogo consecutivo, mas mais do que isso mostra um compromisso enorme com o coletivo e está completamente revigorado.

Samu (5) — Numa altura em que estava em grande momento de forma lesionou-se. Antes de sair na partida de Barcelos ainda teve o ensejo para marcar, em dois remates perigosos para a baliza de Andrew. Saiu a chorar compulsivamente.

Borja Sainz (4) — Nunca tirou partido do seu jogo vertiginoso, definindo muito mal em várias situações quando tinha companheiros em melhor posição para fazer visar a baliza do Gil Vicente. Algo trapalhão, foi com naturalidade que viu a placa com o seu nome, logo após ter visto um cartão amarelo desnecessário.

Luuk de Jong (6) — Entrou praticamente a frio, mas a tempo de mostrar qualidade. Um passe açucarado para Rodrigo Mora, com o pequeno talento a falhar o golo por centímetros.

William Gomes (6) — Deu um ânimo diferente ao ataque. Em velocidade foi sempre um espalha-brasas.

Eustáquio (5) — Ajudou a ganhar a luta a meio-campo e ainda teve o ensejo de marcar.

Rodrigo Mora (6) — Grande ovação quando entrou. Pouco tempo depois soltou o génio e por duas vezes quase fez o 0-3. Minutos para recuperar a confiança...

Zé Pedro (5) — Ajudou a segurar a vantagem como lateral.