Ajudavam, Amorim? Estrelas ‘cadentes’ no Man. Utd que voltaram a brilhar
A melhor notícia que Ruben Amorim recebeu desde que deixou o Sporting, em novembro, foi... o fim da época.
A temporada de estreia nos red devils ter acabado foi a única coisa positiva para o treinador que assumiu o gigante moribundo de Manchester e que agora terá uns meses para tentar juntar os cacos e devolver alguma dignidade ao clube.
Também porque não é só em termos desportivos, resultados, mais propriamente, que o Manchester United está a definhar. A gestão feita nos últimos anos coloca muitos pontos de interrogação.
Será que o problema é mesmo a qualidade dos jogadores? Há casos óbvios que mostram que não. Porque muitos que saíram de Old Trafford pela porta pequena agigantaram-se com novos ares.
O caso mais paradigmático é o do escocês Scott McTominay. O médio centro escocês lançado na época 2016/17, aos 20 anos, por José Mourinho, foi despachado no clube no qual fez grande parte da formação no início desta temporada, e tornou-se herói em Nápoles.
McTominay fez 36 jogos, marcou 13 golos e fez quatro assistências, terminado a época eleito o melhor jogador da Serie A, conquistada de forma inesperada pelo Nápoles.
Mas há mais. Um caso muito semelhante ao do escocês é o de Anthony Elanga, que também fez a formação no Manchester United e saiu como um patinho feio há duas épocas e renasceu como cisne na floresta de Nottingham, tornando-se pilar fundamental da caminhada europeia do clube orientado por Nuno Espírito Santo.
Na mesma altura outro menino da casa saiu do clube como estrela cadente e voltou agora a brilhar a grande altura, mas as razões do afastamento de Mason Greenwood foram, sobretudo, extra-desportivos.
O extremo que terminou esta época como o melhor marcador do campeonato francês, graças aos 21 golos apontados no Marselha, envolveu-se num caso de violência doméstica que lhe tirou espaço na equipa, tendo sido convidado a procurar destino.
O brasileiro Antony também foi acusado de violência doméstica durante a permanência em Manchester, mas no caso do extremo contratado ao Ajax foram depois motivos desportivos a afastá-lo de Inglaterra, num empréstimo que já foi carimbado por Ruben Amorim.
No Betis, em meia época, o jogador de 25 anos assinou números que não conseguiu atingir em nenhuma das duas épocas em Machester, saindo de Sevilha como herói graças aos nove golos e seis assistências, em 25 partidas.
Depois, olhando para a baliza, onde Onana continua sem convencer apesar de ter sido o dono indiscutível da posição nas duas últimas épocas, basta ver o que fizeram esta temporada dois guarda-redes que saíram para a chegada do camaronês: David de Gea, que renasceu esta época na Fiorentina, depois de uma época parado, terminando como o segundo melhor guarda-redes da Serie A, apenas atrás do ex-Benfica Mile Svilar; há ainda o caso de Dean Henderson, que esteve duas épocas a ‘tapar buracos’ em Manchester e este ano se revelou um verdadeiro muro, levando o Crystal Palace à conquista da Taça de Inglaterra e a uma caminhada tranquila rumo ao 12.º lugar na Premier League.
Distinto, mas também relevante pode ser considerado o caso de Álvaro Carreras. O espanhol de 22 anos que foi um dos melhores da época do Benfica e que está a suscitar interesse do Real Madrid, passou duas temporadas incógnito em Old Trafford. A meio da época passada o Benfica resgatou-o de um empréstimo ao Granada, contratou-o a título definitivo no início desta e irá fazer dele, provavelmente, a maior venda deste verão.
Olhando para esta lista, que jeito davam alguns destes nomes, não é, Ruben Amorim?
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