«Absurdo»: Mãe de Rune atira-se à ATP após a lesão grave do filho

A mãe de Holger Rune teceu duras críticas à ATP, na sequência da lesão grave que o filho sofreu, no tendão de Aquiles no encontro diante de Ugo Humbert, nas meias-finais do ATP 500 de Estocolmo. O tenisa dinamarquês vai ficar afastado da competição durante um longo período de tempo, cerca de um ano.

Numa altura em que a sobrecarga do calendário tem sido um tema muito falado pelos tenistas, Aneke Rune pediu ao organismo que faça alterações à política de torneios com presença obrigatória.

«Há simplesmente demasiados torneios obrigatórios. Os jogadores são forçados a participar e são severamente penalizados se não o fizerem. Entre os Masters 1000, os Grand Slams, os ATP 500, a Taça Davis e as Finals, atingimos um mínimo de 33 a 35 semanas de competição. É descomunal para o corpo», afirmou, ao DR.

Para Aneke, a solução é só uma: reduzir o número de torneios obrigatórios, para que os tenistas possam preservar a condição física de outra forma. «O Holger é o mais recente numa longa lista de jogadores lesionados. Este tipo de lesão ocorre frequentemente devido à fadiga. É inaceitável que a ATP não faça mais para proteger a saúde dos jogadores.»

«A ATP deve eliminar o conceito de torneios obrigatórios e rever as sanções económicas. Devemos incentivar os jogadores a descansar quando é necessário, não puni-los. Com o calendário atual, os jogadores quase não têm tempo para recuperar ou treinar adequadamente», defendeu.

«Se um jogador falhar um único torneio obrigatório, perde 25 por cento da sua parte do bónus anual. Quatro ausências e perde tudo. Mesmo em caso de lesão ou doença, uma parte do prémio é retirada, e o jogador pode até ser impedido de disputar o Masters seguinte. É uma punição desproporcional. O Draper perdeu a totalidade do seu bónus anual, apesar de ter disputado vários Masters 1000 e até ter ganho um título. É absurdo», atirou.

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