LeBron volta a ser o mais velho em competição Fotografia Imago

80.ª temporada da NBA: King James, 23.º ano de reinado

LeBron, com quase 41 anos, já defrontou mais de 36 por cento dos jogadores da história da NBA, mas o recorde de ser o basquetebolista com mais temporadas na Liga vai ter de esperar mais umas semanas. Nunca será o mais velho de sempre

A sofrer de uma ciática do lado direito que não lhe tem permitido treinar com os Lakers e atrasará e entrada oficial na época pelo menos até meio de novembro, a pouco mais de dois meses do 41.º aniversário, cada vez que LeBron James entrar em campo arrisca-se a bater um recorde ou prolongar outro que já seja seu.

Na estreia, mal seja atirada a bola ao ar e estiver no cinco inicial — apenas por duas vezes tal não aconteceu em 1.854 jogos na carreira — ultrapassará Vince Carter como o basquetebolista com mais épocas disputadas na NBA: 23. Número que voltou a utilizar há quatro anos e com o qual atuará em 18 temporadas.

King James é o mais velho em competição pela terceira vez, Chris Paul (Clippers) já tem 40 anos e está na 21.ª época, mas o recorde de ser o mais velho de sempre será difícil de superar. Permanece na posse de Nat Hickey desde 1948. Quando o então treinador dos Providence Steamroller, de 45 anos, colocou-se a ele próprio a jogar, em duas partidas.

Não deixa de ser curioso, no entanto, que nesta pré-temporada houvesse mais de 70 jogadores que ainda não eram nascidos quando James se estreou pelos Cavaliers, a 29 de outubro de 2003, aos 18 anos, contra os Kings. Aliás, LeBron jogou com ou contra 36,43% de todos os basquetebolistas que alguma vez passaram na NBA.

Assim como o facto de ter mais pontos no play-off (8.289) do que seis clubes — Minnesota Timberwolves (7.304), New York Knicks (7.163), Washington Wizards (7.136), New Orleans Pelicans (5.647), Kings (4.328), Charlotte Hornets (1.342) — desde que o extremo chegou à NBA.

Stephen Curry

Curry, volta a ser o mais bem pago

Pela nona(!) temporada, Stephen Curry é o jogador mais bem pago da NBA. A prorrogação de contrato que fez em 2021 por mais quatro épocas no valor de 215 milhões de dólares (184,5 milhões de euros) permitem que o base dos Warriors aufira agora um salário de 59,607 milhões (51,152 milhões) e que em 2026/27 atingirá novo recorde: 62,587 milhões (53,709 milhões).

Atrás está, pelo segundo ano, a estrela sérvia dos Nuggets Nikola Jokic e o também poste dos 76’ers Joel Embiid, ambos com salário de 55,225 milhões (47.391 milhões).

Neemias Queta irá receber mais de 2 milhões de euros pelo segundo ano de contrato com os Celtics

O salário médio em 2025/46 situa-se nos 11,8 milhões (10,13 milhões), o que faz da NBA a liga desportiva a nível mundial que mais bem paga aos seus atletas e na qual aqueles que figuram no top 14 recebem pelo menos 50 milhões (42,9 milhões) e até ao 26.º do ranking mais de 42 milhões (36 milhões).

Pela sua quinta época na NBA , terceira nos Celtics e no segundo anos de um contrato de três, Neemias Queta auferirá 2,349 milhões (2,016 milhões)

Mais bem pagos

Jogador   Clube      €Milhões
Stephen Curry (Warriors)  51,152
Nikola Jokic   (Nuggets)  47.391
Joel Embiid    (76’ers)      47.391
Kevin Durant  (Rockets)   46,948
Jimmy Butler   (Warriors)  46,449
Anthony Davis (Mavericks) 46,449
Jayson Tatum (Celtics)     46,449
Giannis Antetokounmpo  (Bucks)      46,449
Karl-Anthony Towns      (Knicks)     45,604
Jaylen Brown  (Celtics)     45,604
Devin Booker  (Suns)       45,604
LeBron James (Lakers), 45,162

Gregg Popovich deixou o comando técnico dos Spurs

Ano zero sem Gregg Popovich

Só não vai parecer mais estranho porque, na verdade, até ter sofrido um acidente vascular cerebral no início da passada temporada, a 2 de novembro, Gregg Popovich apenas orientou os primeiros cinco jogos dos Spurs na regular season, ficando desde então a equipa entregue ao adjunto Mitch Johnson nos restantes 77. Mas, ao fim de 29 épocas à frente dos texanos, Pop, de 76 anos, deixou definitivamente o comando técnico, e os cargos de general manager e vice-presidente para o basquetebol.

Passou o testemunho a Johnson e assume a posição de presidente des basketball operations depois de ter conduzido o clube à conquista de cinco títulos (1998/99, 2002/03, 2004/05, 2006/07, 2013/14) em seis Finals (2012/13), transformado San Antonio num lugar desejado e ele próprio se ter tornado no técnico com mais vitórias (1.390) da história da Liga na fase regular.

Os Knicks serão o quarto clube de Mike Brown em 12 épocas como treinador principal Fotografia Imago

Novos técnicos nos Knicks e Suns

Além da natural sucessão de Mitch Johnson nos Spurs para o lugar de Gregg Popovich, durante o defeso, alguns mesmo enquanto ainda decorria o play-off, houve dois despedimentos e três confirmações. Ao fim de cinco épocas nos Knicks e depois de ter levado estes à final da Conferência Este, algo que não alcançavam há 25 anos, Tom Thibodeau foi dispensado quatro dias após a eliminação pelos Pacers. Para o seu lugar foi Mike Brown, que em dezembro fora igualmente despedido dos Kings.

Já em Phoenix, Mike Budenholzer, que havia assinado por três épocas por 50 milhões de dólares (€42,9 milhões) não ficou mais do que a primeira, despedido logo no dia seguinte ao termo da 1.ª fase e os Suns terem falhado o play-off. Jordan Ott, ex-adjunto de Kenny Atkinson nos Cavaliers, foi o escolhido e terá a primeira experiência como técnico principal.

Além disso, três técnicos interinos na época anterior foram confirmados no cargo: Doug Christie nos Sacramento Kings; David Adelman nos Denver Nuggets; e Tuomas Isalo nos Memphis Grizzlies.