«Estamos preparados»: o Benfica, Yamal, a Bola de Ouro e tudo o que disse Bruno Lage

O treinador dos encarnados fez esta segunda-feira a antevisão do jogo com o Barcelona, 2.ª mão dos 'oitavos' da Champions

- Que espera do jogo e da abordagem do Barcelona, tendo em conta a vantagem dos espanhóis na eliminatória?
- Esperamos uma abordagem semelhantes à dos jogos anteriores, tirando um ou outro detalhe. Alguns apontamentos diferentes na estratégia, foi o que verificámos de um jogo para o outro, mas acima de tudo uma equipa que gosta de ter bola, que gosta de ter o jogo nos médios, colocar os seus avançados em várias situações de um contra um, quer entre-linhas, quer na profundidade, e uma equipa que gosta de pressionar e de pressionar alto. Mas o mais importante é nós sentimo-nos confiantes, por vários motivos. O mais importante é nós olharmos para os dois jogos e, por aquilo que fizemos, pelas oportunidades que criámos, sentimos que temos um jogo, que é decisivo, mas no qual temos de ter a coragem e ambição de jogar o nosso jogo, criar as nossas oportunidades e marcar os nossos golos para seguir em frente na prova. É o nosso objetivo. Seria um prestígio enorme seguir em frente.

Temos de ter a coragem e ambição de jogar o nosso jogo

- Onde acha que pode estar a chave para o Benfica conseguir ganhar em Barcelona?
- Temos que entender que o Barcelona é uma grande equipa, cheia de jogadores de enorme qualidade, em particular os três homens da frente, apesar de no último quem se destacou até ter sido o guarda-redes, mas os três homens da frente são realmentre muito fortes. Há um treinador que está a fazer um trabalho incrível no Barcelona, já tem a experiência de ter vencido a Liga dos Campeões, neste momento o Barcelona é a equipa que em 2025 ainda não perdeu na Europa e nós temos esse desafio. A base é essa, sentirmos a confiança de que quando jogámos com o Barcelona criámos imensas oportunidades de golo, ficámos sempre com a sensação de que, quer no primeiro jogo quer no segundo, poderíamos trazer resultados diferentes. Reter tudo aquilo que de bom fizemos e colocar agora em prática. Na hora da verdade, na hora do jogo. Perceber muito bem como podemos dar continuidade aos dois jogos que fizemos com o Barcelona.

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- O que está a faltar à equipa no último terço para ser mais eficaz?
- Não acredito que esteja a faltar alguma coisa, o que fizemos nos últimos jogos realmente tem sido muito bom. É um facto que podíamos ter feito mais golos em função das oportunidades que criámos, mas também temos que analisar que nesses jogos proporcionámos grandes noites, ou grandes tardes, ao guarda-redes adversário. é olhar pelo lado positivo, sentir que quantas mais oportunidades criarmos mais oportunidades temos de marcar golos.

- Flick disse que Raphinha vai lutar pela Bola de Ouro. O que pensa disso? O Barça é o favorito a ganhar a Champions?
- É uma grande equipa, mas o mais importante sobre o Barcelona, em termos de favoritismo, é termos a capacidade de fazer o nosso jogo e de os vencer. Raphinha tem feito um percurso muito interessante, já o conhecia de quando jogou no Sporting, tive oportunidade de jogar contra ele quando esteva no Leeds [United], está a fazer realmente um trabalho muito bom no Barcelona. Bola de Ouro? Quem sabe?

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- Como pensa parar Lamine Yamal?
- A nossa forma de ver o jogo não é estar apenas preocupados com um jogador. É realmente um jogador muito bom, tendo em conta a idade e o talento que tem, mas do outro lado está Raphinha, foi lançada a candidatura à Bola de Ouro, e depois têm um ponta de lança que tem sido um dos melhores do Mundo ao longo dos anos. São três homens muito fortes, que combinam muito bem; Lewandowski a baixar e a combinar de uma maneira com o Yamal e de outra com Raphinha... enfim, têm os três uma dinâmica muito interessante, se lhes dermos espaços nas costas são muito fortes a atacar a profundidade, se lhes dermos muito espaço bnos corredores são muito fortes no um contra um, vir para dentro e tentar rematar à baliza, são muito bons nas combinações; em particular quando os médios os encontram entre-linhas... são muito bons, mas nós também temos jogadores com enorme qualidade. O mais importante, independentemente de cada jogador, e acredito que o treinador do Barcelona olha sempre para o jogo como nós, é a resposta que temos de dar enquanto equipa, coletiva. Saber que temos de defender quando temos, ter inciativa a defender e, depoism, quando tivermos a bola, temos de saber procurar os espaços que são menos favoráveis ao Barcelona e mais favoraveis para nós para criarmos as tais oportunidades de golo.

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- Como será o Benfica sem Carreras? Como preparou Samuel Dahl?
- Preparamos todos os jogos da mesma maneira. O Samuel é um jovem, com enorme talento, teve uma adaptação muito boa quer ao clube, quer à nossa forma de jogar, tem sido utilizado de várias formas. Isso também é bom porque é bom para o nosso jogo e para termos um posicionamento diferente. Está enquadrado com a equipa, os colegas, com a nossa forma de jogar, preparou-se normalmente e vai jogar.

- Há ansiedade para marcar cedo? pode ser um problema?
- Não acredito. Pela experiência que a equipa tem, não acredito. Curiosamente, nos dois jogos com o Barcelona a equipa entrou sempre muito bem. No primeiro, ao terceiro ou ao quarto minuto já estávamos a vencer por 1-0 e no segundo aos 20 e poucos segundos já tínhamos rematado à baliza. Não é por aí. Sinto a equipa tranquila, muito confiante, o amis importante é termos a capacidade de reproduzirmos o que fizemos nos dois jogos.

- O melhor do último jogo, eleito, foi o Pedri. Como analisa a presença dele?
- Grande pergunta... Não nos faz mudar, faz-nos preparar bem os nossos médios, porque os nossos médios também são muito inteligentes a perceber como o Barcelona constrói o jogo a partir de trás, as várias formas como o constrói. Muitas vezes com os dois centraism, muitas vezes com um dos laterais, em particular o direito, muitas vezes com um médio entre os centrais... e depois é perceber as dinâmicas. São realmente muito bons a trocar a bola, têm o tempo, são calmos, tranquilos, o adversário quase que chega e a bola já está a circular noutro espaço. Falamos muito das oportunidades de golo que tivemos, fala-se do guarda-redes do Barcelona, dos três avançados, mas realmente, quer num jogo, quer no outro, o combate estratégico dos médios foi muito interessante. Fizemos uma excelente partida quando jogou Florentino, Kokçu e Fredrik [Aursnes], também depois, quando jogámos com Barreiro [Lenadro], e a estratégia foi muito interessante de ver e analisar.

- Não jogará Cubarsí, castigado, isso mudará a forma do Benfica pressionar?
- Sim, posso falar disso à vontade porque a experiência do outro treinador... já percebeu perfeitamente... preparamos muito a nossa estratégia em função dos centrais, do pé dominante, do que joga à esquerda e à direita, depois quais os laterais, as linhas de passe mais utilizadas e então definimos a nossa pressão, ou segundo momento de pressão, por isso... estamos preparados para esse desafio.-

- Que Barça espera anímicamente depois da morte de um dos médicos?
- Lamento a morte do doutor do Barcelona e não sei como o Barcelona vai reagir, será sempre um momento difícil. Acredito que queiram dedicar uma vitória a uma pessoa tão próxima deles, mas nós também temos coisas muito importantes para nós. Enquanto equipa, temos por exemplo um jogador de 37 anos que ficou em casa, devido a lesão, estou a falar de Di María, que ainda tem um recorde para manter na Liga das Campeões; pelo clube, o prestígio financeiro e desportivo, temos as nossas razões e essas são importantes e leva-nos a estar confiantes para o jogo.

- Florentino poderá jogar?
- O Tino vai treinar e só amanhã de manhã vamos tomar a decisão final.