Verstappen domina, McLaren desilude e há surpresa no pódio em Baku

Depois de uma grande qualificação no sábado, em que houve vários acidentes e seis bandeiras vermelhas, a corrida de domingo prometia bastante e até havia a possibilidade de chuva, mas isso não aconteceu e acabou por ser um Grande Prémio do Azerbaijão sem muita emoção.

No entanto, não se pode dizer o mesmo do arranque, no qual houve muito para contar. Na frente, Verstappen começou de pneus duros, ao contrário dos três pilotos atrás (de médios), mas arrancou bem e manteve a liderança sem problemas. Primeiras curvas foram limpas por parte de todos, quase sem trocas de posição, mas o primeiro acidente chegou logo à… quinta curva e foi surpreendente.

Piastri, que bateu no Q3 e teve de começar a corrida apenas na nona posição, teve um falso arranque e ficou para trás, enganando também Fernando Alonso, que estava imediatamente atrás de si, e provocando uma penalização de cinco segundos para o espanhol. A tentar redimir-se do erro e sabendo também que iria chegar uma penalização para si, o australiano arriscou e acabou por bloquear as rodas da frente, não conseguindo virar para a esquerda e batendo em frente nas barreiras, tal como aconteceu no dia anterior.

Terminava assim a sua corrida, logo na primeira volta, e também as esperanças da McLaren em se sagrar bicampeã de Construtores, adiando essa possibilidade para o próximo GP. Por não ter terminado a corrida, Piastri vai ter ainda de cumprir uma penalização em Singapura, de lugares de grelha, pelo que não poderá conquistar a pole position.

Por outro lado, esta era uma grande oportunidade para Lando Norris recuperar pontos na luta pelo Mundial, mas o britânico, que começou do sétimo lugar, não conseguiu ganhar posições e terminou a corrida onde arracou, somando apenas mais seis pontos. Porém, a culpa não foi só do piloto: teve uma nova má paragem nas boxes (4.1 segundos) e não conseguiu sair à frente de Lawson e Tsunoda, por muito pouco, o que lhe daria mais quatro pontos e a possibilidade de atacar o quarto classificado.

Depois do acidente de Piastri, que provocou safety car, Verstappen foi construindo uma vantagem confortável na liderança e Sainz também ia mantendo o segundo lugar, enquanto Lawson lutava com a dupla da Mercedes pelo terceiro lugar. Num primeiro momento, Russell até perdeu posição para Tsunoda, mas recuperou-a rapidamente e foi atrás dos pilotos da frente, acabando por chegar ao segundo lugar ao manter-se em pista com pneus duros até à volta 40, de 51 – os outros pararam mais cedo por terem médios e perderam uma posição.

Bom fim de semana para a Mercedes: Russel regressou ao pódio e Antonelli ainda conseguiu um quarto lugar. O jovem italiano colocou um fim ao sonho de Lawson em subir pela primeira vez ao pódio a meio da corrida, mas, mesmo assim, o neozelandês somou bons pontos (10) e aguentou o quinto lugar. Tsunoda também fez a melhor classificação como piloto da Red Bull e Hadjar somou mais um ponto para os Racing Bulls. Fim de semana para esquecer para a Ferrari, que já foi ultrapassada pela Mercedes nos Construtores - Leclerc em 9.º e Hamilton em 8.º.

Já Verstappen conseguiu o sexto Grand Slam da carreira, igualando Lewis Hamilton, e a 67.ª vitória na Fórmula 1, a quarta da temporada e a segunda em Baku. Mas o destaque vai claramente para Carlos Sainz! Começou em segundo lugar, mas cumpriu o objetivo a que se propôs antes do início da corrida e conseguiu, pelo menos, o terceiro. Primeiro pódio da Williams desde 2021, em Spa, precisamente conquistado por Russell, e o 28.º do espanhol, que afirmou que foi o «melhor» da sua carreira, garantindo ainda que não será o último. Albon tem sido o piloto em destaque na equipa, em 2025, mas esta foi a tarde de Sainz.