Suíça empata na Eslovénia, Gyokeres e a Suécia caem com escândalo em casa

A Suíça entrou em campo em Ljubljana a possíveis três pontos da qualificação para o Mundial, se no outro jogo do Grupo B se registasse um dos resultados que mais lhe interessavam: o empate ou a derrota do Kosovo diante da Suécia. A pensar naquilo que poderia controlar, o conjunto de Murat Yakin assumiu um maior domínio territorial e um maior tempo de posse de bola, porém sentiu dificuldades em criar oportunidades de golos.

Já a Eslovénia, impedida de entrar na área helvética graças à boa organização defensiva suíça que é sua imagem de marca, tentou sobretudo ferir de longe. Horvat foi um dos que atirou mais vezes, todavia, tal como os colegas, mostrou pouco acerto. Na sua grande área, também os eslovenos pareciam imperturbáveis e taparam praticamente todos os caminhos até ao ex-benfiquista Jan Oblak. O único movimento que parecia mais difícil de travar era feito pelo médio Remo Freuler, que, por muito pouco, não conseguiu chegar a tempo duas vezes a dois cruzamentos, um de cada lado, feitos por Widmer e Embolo.

Os segundos 45 minutos foram um pouco diferentes. A defesa suíça sofreu mais, foi obrigada a mais duelos na sua própria área, com os homens de Matjaz Kek a empurrarem o adversário para mais perto da baliza de Kobel. Houve um ou outro momento em que os locais pareceram perto de festejar o primeiro golo, porém os suíços voltaram a subir as linhas de pressão e a controlar o jogo com bola. Ainda que sem grande capacidade para criarem oportunidades de golo em série.

O encontro permaneceu com essa identidade de equilíbrio até ao fim, claramente a precisar de um golo para lhe dar uma reta final mais descontrolada.

A igualdade penaliza sobretudo os suíços, que não só não carimbam a qualificação como têm agora a apenas três pontos o Kosovo, que surpreendeu a Suécia em Solna (0-1) e com quem fechará as contas do grupo na última ronda.

Não há volta a dar à crise. A Suécia foi ontem derrotada em Solna pelo Kosovo, por 1-0, mesmo com todo o poderio que tem na atualidade na frente de ataque. Viktor Gyokeres e Alexander Isak voltaram a fazer dupla e a jogar os 90 minutos, mas quem festejou foi Fisnik Asllani, que assinou, aos 32 minutos, o único golo da partida, a passe de Veldin Hodza.

A equipa de Jon Dahl Tomasson teve mais posse de bola, porém equilibrou o número de finalizações, sobretudo as enquadradas. Dominou a partida em termos territorriais como comprovam os 16 cruzamentos contra nem um dos kosovares.

Os nórdicos atravessam um momento muito difícil, com apenas um ponto conquistado em 12 possíveis e a já a nove do líder Suíça - matematicamente já só aspira ao segundo lugar, mas as hipóteses são muito reduzidas, e ao play-off. Já o conjunto de Franco Foda ganha em duas frentes, com o empate na Eslovénia dos suíços, que estão agora a apenas três pontos. O Kosovo visitará em novembro a Eslovénia e fecha a qualificação em casa precisamente diante dos helvéticos.