O diretor geral do futebol leonino, Bernardo Morais Palmeiro, com o presidente Frederico Varandas - Foto: SPORTING CP
O diretor geral do futebol leonino, Bernardo Morais Palmeiro, com o presidente Frederico Varandas - Foto: SPORTING CP

Sporting: Luís Guilherme não trava… outro extremo

Jovem brasileiro do West Ham está em cima da mesa mas leões continuam a olhar para um destro para jogar a partir da esquerda. Um não pára o outro… Outras posições, médio e central, só para o verão (tirando se forem boas oportunidades de negócio)

Enquanto Luís Guilherme está na mesa do Sporting e a avançar mediante condições, os verdes e brancos não travam a possibilidade da prioridade há muito definida para a posição de extremo: um jogador de pé direito para jogar a partir da esquerda. Um não pára o outro.

Ainda sem contactos formais mas já em cima da mesa dos leões e a avançar está Luís Guilherme, extremo de 19 anos por quem o West Ham pagou 23 milhões de euros ao Palmeiras no verão de 2024. O esquerdino demora em afirmar-se no emblema londrino — participação em 13 jogos na época passada, apenas ainda cinco esta época, só um a titular, com total de 121 minutos, todos na Premier League — mas o clube ainda acredita na evolução do atacante e por isso está disposto a libertá-lo apenas por empréstimo e sem cláusula de compra.

Ou seja, os hammers acreditam no potencial do jogador e o Sporting também e por isso pensa mais além do que num simples empréstimo, pretende cláusula de compra, a exercer no final da temporada, na ordem dos 15 a 18 milhões de euros. Uma questão a negociar nesta janela de inverno do mercado de transferências.

Mas Luís Guilherme, que pode jogar nas duas alas mas é efetivamente um extremo-direito canhoto, não trava a prioridade leonina de conseguir um extremo de pé direito para jogar a partir da esquerda, um perfil há muito definido mas que tarda em ser contratado. Um jogador que continua a preencher o imaginário da administração verde e branca, que o quer ver realidade.

Não é segredo para ninguém que Yeremay Hernández, do Corunha, é o sonho mais sonhado. Mas caro, muito caro. Nesta janela 40 milhões de euros podem nem chegar, uma vez que o Depor, desafogado nas finanças e lançado no campeonato — está em 3.º na segunda divisão de Espanha e na luta para a subida a LaLiga —, não está vendedor. Menos ainda do que no verão, quando recusou proposta leonina de 25 milhões de euros mais 5 milhões em bónus.

Se Luís Guilherme seria um bom substituto de Geovany Quenda — nesta altura lesionado e de partida para o Chelsea no próximo verão, uma vez que os londrinos já pagaram 52,1 milhões de euros pelo jovem de 18 anos, que ficou ainda em Alvalade mas já por empréstimo — na direita, na próxima época e já nesta enquanto o camisola 7 recupera, e sempre em luta com Geny Catamo, que entretanto joga por Moçambique na Taça das Nações Africanas (CAN), para a esquerda continua a faltar o tal destro. Que até pode chegar já em janeiro.

A administração leonina, com o presidente Frederico Varandas e o diretor geral do futebol Bernardo Morais Palmeiro, está aberta a esta solução no imediato. Já para outras posições que não a de extremo, a procura está centrada para o verão. A não ser que surja uma grande oportunidade de negócio, que em janeiro são sempre mais escassas.

Um médio e um central estão nas cogitações, até porque Morita termina contrato em junho de 2026 e está de partida. E porque Diomande e Gonçalo Inácio, embora com as renovações encaminhadas e já formalizada no caso do português, têm mercado e podem ser negociados no verão de 2026. O marfinense, recorde-se, esteve perto do Crystal Palace por 55 milhões na janela de transferências anterior — como Catamo, Diomande também está nesta altura na CAN pela seleção da Costa do Marfim.