Sporting, 376 dias imbatível de Luz a Luz
Passaram 376 dias, contando com este sábado, desde que o Sporting perdeu pela última vez para o Campeonato Placard. Ou seja, está imbatível há 53 semanas e quatro dias. O último desaire dos leões, mesmo a nível de competições nacionais, aconteceu contra o Benfica, na visita à Luz, a 9 de dezembro de 2024: 38-34 em partida da 15.ª jornada de 2024/25.
Desde então soma 29(!) triunfos consecutivos, e um empate. Este na recepção ao FC Porto (30-30) na 22.ª jornada, também de 2024/25.
Mas, apesar das cinco ausências de relevância no encarnados devido a lesões, existia expectativa de como iria decorrer o dérbi no regresso à Luz, num embate em atraso da 13.ª ronda do Andebol 1.
Nada se alterou. Num jogo em que apenas estiveram em desvantagem no arranque (2-0) e chegaram a liderar por oito, na 1.ª parte (9-17), como por nove na 2.ª (28-37), graças ao triunfo por 29-37 (16-21 ao intervalo) os bicampeões garantiram que irão passar o Natal e o Ano Novo invictos no campeonato (17 v-0 d) e, pelo menos, até a competição regressar a 11 de fevereiro, devido à paragem para o Europeu em que a Seleção volta a estar presente. Já o Benfica, apesar de ambos terem 45 pontos, não conseguiu ultrapassar o FC Porto no 2.º lugar da classificação liderada pelos verdes e brancos (51 pts) que cada vez mais se arriscam a passar à segunda a preparar a festa do tri.
Na Luz, pode quase dizer-se que no 1.º tempo o Sporting ganhou vantagem confortável e impôs o ritmo que pretendia a jogar à Liga dos Campeões, para depois, após o regresso dos balneários, jogar à Andebol 1 e, a certos momentos, até ficar desconcentrado devido a isso e permitir uma recuperação dos donos da casa a 4 golos após um parcial de 4-1 (22-26), que abrigou Ricardo Costa a pedir um time out a 19m minutos do fim para evitar momentos de maior aflição face à defesa mais agressiva e eficaz das águias, por vezes subindo aos 8m, perante um diminuir de velocidade dos visitantes. Mikita Valipau (6) lá foi marcando livres de 7m e na ponta direita, e Ander Izquierdo (7) e Reinier Taboada (4) ajudaram a manter alguma expectativa.
Não por muito tempo. Francisco Costa (11), em noite de grande inspiração e substituindo Orri Thorkelsson (2) na cobrança dos 7m, Natán Suarez (7) e Salvador Salvador (5), mesmo sem voltarem à velocidade Champions, rapidamente alargaram a diferença a sete (24-31), retomaram o controlo da partida e, a 2m do fim, com os locais a sofrerem por terem dois elementos excluídos 2m, chegarem aos 28-37.
O Sporting do 1.º tempo, pelos menos dos primeiros 20m, havia sido bem diferente. Agressivo a defender, cortando linhas de passe que impediam a construção fácil de jogadas ao adversário, para depois apanhar este invariavelmente em contrapé devido a uma transição rápida ofensiva ou então, após sofrer golo, Salvador Salvador rapidamente alcançar um contra-golo na reposição a meio-campo. Se o fazem na Liga dos Campeões, como é que o Benfica não podia estar preparado para que tal acontecesse?
No ataque organizado, e apesar de Jota González ter tentado uma defesa de pelo menos dois homens, mais subida para limitar o remate dos leões, estes souberam encontrar espaço para o remate, com Martim Costa (4) a ser letal dos 8m.
Nos bicampeões, destaque ainda para a boa exibição de André Kristensen, sobretudo quando a equipa quebrou no 2.º tempo, sendo apenas substituído por Mohamed Aly em alguns livres de 7m.