Samu desbloqueou um jogo que chegou a estar difícil para os portistas (Foto Rogério Ferreira/Kapta+)
Samu desbloqueou um jogo que chegou a estar difícil para os portistas (Foto Rogério Ferreira/Kapta+)

Samu acendeu o fogo de dragão meio 'constipado' (as notas do FC Porto)

Espanhol abriu a contagem com grande trabalho e ampliou-a com penálti de classe. Polacos Bednarek e Kiwior são monstros na defesa, e foi quase crime lesa-futebol retirar Rodrigo Mora do terreno de jogo
O melhor em campo: Samu (8)
Na primeira parte andou como que meio perdido na floresta de pernas que o Aves SAD plantou nas imediações da área, entre movimentos um pouco mal conseguidos e um serviço de 'catering' que lhe chegou quase sempre 'frio'. O ano vai mudar em breve e foi uma grande mudança a do espanhol ao intervalo, com uma entrada no segundo tempo a acender o fogo do golo de um dragão que andava meio 'constipado'. Não tem técnica? É favor reverem o lance do primeiro golo. O segundo foi de penálti, é certo, mas com um toque de classe a deixar Simão Bertelli cair para depois colocar a bola, sem muita força, fora do alcance do brasileiro. Empresta muito à equipa e embora os golos sejam a principal missão, dá um jeitaço ter alguém tão poderoso na frente de ataque, pois abre avenidas nas defesas contrárias. Está a crescer ainda mais...

Diogo Costa (5)  — Poderia ter levado uma manta ou uma escalfeta para se proteger do frio durante a maior parte do tempo que esteve em jogo, até ao momento (31’) em que teve uma saída extemporânea da baliza. O lance não teve consequências coletivas, mas individuais sim, pois lesionou-se na perna esquerda e teve de sair ao intervalo…

Martim Fernandes (6) — Não se sabe se por indicação de Farioli ou de motu proprio mas a verdade é que foi extremamente comedido em termos ofensivos no primeiro tempo, isto quando o Aves SAD nem cócegas fazia pelo flanco que defendia. Na segunda parte melhorou, mas não por aí além.

Bednarek (7) — É cada vez mais o patrão da defesa portista, eleito pelo treinador mas com a anuência dos companheiros, tal a forma como se impõe perante qualquer adversário. O Aves SAD é o último na tabela classificativa, mas se fosse diante de um rival direto teria sido igual. Grande corte sobre Perea  (23’). Tirou a chave da porta ao colombiano e este ainda estará para saber como…

Kiwior (7) — Sorrateiro, em pezinhos de lã, aproveitou a distração de Tunde, roubou-lhe a bola e lançou o primeiro golo portista. Além das capacidades defensivas, gosta (muito) de construir, o que dá imenso jeito para uma equipa grande, que defronta, muitas vezes, blocos demasiado fechados.

Francisco Moura (5) — Colocou-se imensas vezes em zonas interiores, deixando a faixa mais para Pepê. Não houve resultados benéficos por aí além para a equipa. Não comprometeu no setor mais recuado, mas no terço ofensivo nada… ou quase.

Froholdt (6) — Não teve a amplitude de jogo de outras partidas mas, para todos os efeitos, é humano. Ou seja, tem dois pulmões e um coração como toda a gente, não consegue estar sempre em altíssima rotação. Mas não deslustrou. Muito longe disso, embora aquele remate de cabeça (30’) pudesse ter saído com mais força e criado mais perigo para Bertelli.

Pablo Rosario (6) — Sabe muito bem fazer pratos simples mas quando se lhe pede para inovar é um problema… No entanto, louve-se a disponibilidade física e a polivalência. Quer é jogar, seja no meio-campo, na defesa ou no ataque…

Rodrigo Mora (7) — Mesmo que o homem que o tenha rendido tenha qualidade inquestionável (Gabri Veiga) é quase um crime lesa-futebol retirar do jogo quem estava a dar um pequeno recital. Desde um livre apontado na meia-direita em que a bola pareceu ter ganho vida própria pela forma como foi decaindo de velocidade, até uma roleta e um passe fantástico para Pepê foi muito o que o prodígio fez. E não foi mais porque o treinador não quis…

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William Gomes (5) — A jogar com pé trocado, ou seja, um canhoto pela esquerda, as coisas não lhe saíram muito bem. Ainda tentou uma gracinha igual à protagonizada em Alvalade, mas desta feita o remate saiu para o 25.º andar…

Pepê (6) — Sem grandes exuberâncias, executou cruzamento de muita qualidade para Froholdt (30’) e esteve pertíssimo do golo, não fosse a pontinha do dedo de Bertelii a impedi-lo.

Cláudio Ramos (5) — Se no banco estava enregelado, não terá melhorado muito quando entrou em campo, tal a inoperância avense para criar qualquer tipo de frisson.

Gabri Veiga (6) — Sem nenhum daqueles passes que encantam até o mais rabugento dos adeptos, a verdade é que pouco depois de ter colocado os pés no terreno de jogo sofreu o penálti que decidiu a partida.

Alarcón (5) — Nada de imensamente relevante a assinalar da exibição do espanhol.

Alan Varela (5) — Entrou para impedir qual quer tipo de tentativa de ousadia avense.

Alberto (—) — Só para participar na festa da vitória.