Rui Jorge: «A Geórgia tem aquilo que eu quero para a nossa seleção»

Com a faca e o queijo na mão, Portugal entra em campo esta terça-feira frente à Geórgia às 17.00 horas, com o objetivo de fechar o grupo no 1.º lugar. Depois do empate com França (0-0) e da goleada imposta à Polónia (5-0), Rui Jorge avisou que a equipa das quinas vai encontrar um adversário similar em Trencin.

«Creio que são duas equipas muito semelhantes, com uma grande paixão pelo jogo e um coração enorme. A Geórgia tem aquilo que eu quero para a nossa seleção em termos de entrega e companheirismo. A maneira como jogam coletivamente advém da geração que disputou o Europeu de há dois anos. Tecnicamente, as equipas também se equivalem e são rápidas a sair para o contra-ataque», disse em conferência de imprensa.

Assim, para enfrentar uma equipa que «nos últimos 13 duelos, só não marcou num particular com a Roménia», Rui Jorge pede que os jovens portugueses tenham «segurança com bola e agressividade no ataque». A Geórgia, avalia o selecionador, «não se limita a defender e reúne características ofensivas fortes»: «Marcar sistematicamente não é fácil, mas eles conseguiram fazê-lo frente à Polónia e à França e estiveram a minutos de rumarem aos quartos de final e já não precisarem deste jogo.»

Rui Jorge falava da derrota georgiana com a França, devido a um golo aos 90+12’, na 2.ª jornada da fase de grupos.

Ao entrar na última jornada no 1.º lugar do grupo, com os mesmos pontos que a França e vantagem na diferença de golos, Portugal garante a presença nos quartos de final com um empate. Mas esse não é o foco da equipa.

«Sabemos que há dois resultados que nos interessam, mas a postura competitiva não se altera de um dia para o outro. O grande objetivo passa sempre por mostrar o que somos capazes de fazer. Como é lógico, se houver um empate quando o duelo estiver prestes a terminar, o nosso guarda-redes não subirá à área contrária num canto», explicou Rui Jorge.

Por fim, apesar de Rafael Rodrigues, Chico Lamba, João Muniz e Diogo Nascimento estarem em risco de falharem os quartos de final se virem o cartão amarelo, Rui Jorge disse que «não há gestão de cartões amarelos», mesmo que faça «algumas mudanças» no onze inicial da equipa.

Tiago Tomás também esteve em conferência de imprensa, na qual ponderou a experiência que já tem no escalão sub-21 (está a disputar o segundo Europeu da categoria), dando o exemplo de um jogador que, tal como ele, se formou no Sporting.

«Se calhar o Quenda, por exemplo, não tem tanta experiência, mas no último jogo isso não se notou, poque ajudou-nos muito com dois golos e uma assistência. Acaba por ser normal, vai haver sempre gerações mais velhas e outras mais novas.»

O jogador do Wolfsburgo celebra esta segunda-feira o 23.º aniversário e revelou os desejos que tem para a data: «Acima de tudo, ter os meus familiares e amigos saudáveis e que possa passar muitos mais anos com eles. Por muito que ame o futebol, para mim há coisas muito mais importantes, portanto, o que pediria seria saúde para os meus e para mim, para poder aproveitar muitos anos com eles.»

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