Rui Borges: «Resultado assenta-nos na perfeição»
O Sporting venceu o Moreirense, em Alvalade, por 3-0, mas o golo demorou a chegar - grande penalidade de Luis Suárez aos 76 minutos -, apesar das muitas oportunidades criadas ao longo de todo o encontro. No final, Rui Borges demonstrou-se tranquilo nesse aspeto e afirmou que a vitória foi mais do que justa.
- Acredito que esteja mais aliviado relativamente a este resultado, depois de um jogo em que o Sporting desperdiçou muito.
- Sim, um jogo em que a equipa esteve muito bem. Não posso apontar nada à equipa, do outro lado está também uma grande exibição do guarda-redes. Uma equipa que eu conheço alguns jogadores, confortável, equilibrada, sabíamos que iam ser difíceis os espaços curtos. Dificultou-nos o jogo, mas fomos sempre dominantes. Tivemos sempre bola, percentagem de golos esperados, 4.66, mostra o que foi o jogo ofensivo e só posso enaltecer o grupo, não perdeu o raciocínio do início ao fim do jogo, o equilíbrio, fomos insistindo até que aconteceu com naturalidade e todo o mérito. A equipa merecia muito, não só vencer o jogo, mas por 3-0, não sofrer golos. Os primeiros 35 minutos foram fantásticos em relação à perda. O resultado assenta-nos na perfeição, por tudo o que fomos capazes.
- As grandes penalidades conquistadas por Trincão desbloquearam o jogo.
- É por isso que estão num grande clube, são diferenciados. Já falei muitas vezes do Trincão, do Pote, a primeira vez que o Alisson toca na bola... é um desequilibrador nato. Feliz por tê-los na nossa equipa, na primeira parte estava com mais dificuldade, o Trincão, e depois voltou a se renovar e acaba por decidir o jogo com duas grandes penalidades, com mérito, com qualidade individual, e também com um trabalho coletivo. Não é só o Trincão, é a equipa, sente-se bem, feliz, dinâmica e com uma fome de ganhar enorme, e isso é demonstrativo.
- Luis Suárez foi o primeiro batedor, depois marcou Pote por não estar Suárez. Hjulmand abdicou?
- É decisão da equipa e do grupo. Está bem explícita a hierarquia para bater penáltis, o líder lá dentro sabe o que sente, o que faz, e eu estou sempre a 100% daquilo que é a tomada de decisão do meu capitão de equipa.
- Fez novamente três alterações no onze, todas na defesa.
- É uma demonstração que eu confio em toda a gente. Mudámos três homens na linha defensiva para a Champions, hoje voltámos a mudar. É para sentir a equipa, sentirem que todos são solução. E a equipa teve jogadores a 100% em termos de frescura, porque é importante e vamos precisar de todos ao longo do tempo. Vão ser importantes ao longo do campeonato e em todas as competições em que estamos inseridos, e feliz por ter à minha disposição um grande plantel.
- Ficou feliz com a estreia a marcar de Ioannidis?
- Muito feliz. Os avançados é normal que fiquem ansiosos por fazer golos, é natural. Portanto é sempre bom fazerem-no. Fez, com todo o mérito, com toda a sua qualidade. Está bem inserido no grupo, o seu carácter, personalidade, encaixa na perfeição naquilo que é a nossa equipa, a amizade do grupo. Fico feliz por contar com dois grandes avançados.