Ruben Amorim, treinador do Manchester United, em Old Trafford
Ruben Amorim, treinador do Manchester United, em Old Trafford - Foto: IMAGO

Ruben Amorim não tem as respostas

'Remate de letra' é o espaço de opinião semanal de Hugo Vasconcelos

Se ele tivesse sido despedido no domingo, acho que todos teríamos dito: 'Sim, raios, já estava na hora, não é nenhuma surpresa'

Paul Scholes, antigo jogador do Manchester United, no podcast The Good, The Bad & The Football

Ruben Amorim tem as orelhas a arder. As críticas sucedem-se, vindas de muitos lados, mas sobretudo do lado de antigas glórias do Manchester United.

A mais recente foi Paul Scholes, no podcast The Good, The Bad & The Football, onde pôs o dedo na ferida. «Não há sinais de que as coisas estejam a melhorar, pois não?», questionou-se.

A intensidade das críticas é de tal ordem que Amorim até foi confrontado com elas — especificamente com as de Wayne Rooney e Gary Neville —, na conferência de imprensa de lançamento do jogo deste sábado com o Sunderland.

«É normal e não podemos fugir aos resultados. E depois há o lastro da época passada, mas para mim a época passada não interessa. Se olhar para os jogos desta época, têm sido diferentes. Há coisas que são iguais, mas são coisas que não podemos mudar», assumiu.

E aí está o principal problema. Amorim até poderia começar a jogar com uma defesa a quatro, mas seria isso que iria acabar com os erros do guarda-redes, de Maguire ou De Ligt?

O treinador até poderia ter ficado com Garnacho ou Rashford, mas seria isso que faria com que Bruno Fernandes não falhasse penáltis?

A sucessão de disparates individuais mina qualquer trabalho coletivo que possa ser feito. E o pior é que o treinador português começa a dar sinais de resignação, como quem não consegue encontrar as respostas...

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