«Ruben Amorim era como um pai para nós»
Após uma ligação de cinco anos no Sporting, Pedro Gonçalves e Ruben Amorim separaram-se em novembro do ano passado, quando o treinador rumou ao Manchester United. Uma separação dura para o jogador de 26 anos, tanto por motivos profissionais como pessoais.
Em entrevista ao Canal 11, Pote disse que Amorim «foi o treinador mais importante» da carreira: «Não estaria aqui hoje [sem ele]. Tínhamos uma ligação muito forte, tanto profissional como familiar. Gostava muito da minha mulher, preocupava-se que eu estivesse bem, tanto no campo como na vida familiar.»
Até que chegou a chamada dos red devils. «Ficámos tristes. Eu comecei a chorar, pois gostava mesmo, e fiquei triste. Nunca lhe disse para não ir, desejei boa sorte. Os jogadores entenderam. Era como um pai para nós. Ficámos tristes, mas compreendemos. Desejo-lhe a maior sorte.»
Recordando o jogo com o SC Braga, o último de Amorim ao serviço do Sporting e no qual Pote se lesionou, o jogador lamentou: «O pior é que eu disse que não queria jogar, mas arrisquei.»
«Sentimos que nos estava a faltar alguma liderança»
Pedro Gonçalves também abordou as dificuldades que marcaram toda esta temporada: «Ficámos sem treinador, sem capitão, sem o avançado, o Paulinho, que nos deu muito, marcou muitos golos decisivos, mais o Adán, que era um guarda-redes com alguma experiência. A meio, sentimos que nos estava a faltar alguma liderança. A equipa uniu-se e correu bem. Toda a gente tentou liderar, e o Morten começou a aparecer.»
Pote diz mesmo que Hjulmand o surpreendeu muito: «Tem o discurso certo no momento certo. Antes dos jogos fala sempre em inglês, mas no dia a dia fala em português.»
Por fim, o jogador também deixou palavras de apreço para Rui Borges.
«Não digo que tenha sido injustiçado. Foi um treinador que conseguiu unir o grupo. Tem um caráter bom. Chegou sempre muito humilde, tentou perceber o que os jogadores queriam. Foi uma peça muito importante para unir as tropas.»
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