Rivais? Arsenal gosta de pescar excedentários no Chelsea e tradição já vai longa (fotogaleria)

Perante a oficialização de Noni Madueke, junta-se mais um nome de peso à longa lista de jogadores que trocaram o Chelsea pelo Arsenal, provando que estes dois clubes londrinos são mais rivais dentro de campo do que no mercado de transferências.

O inglês custou cerca de 55 milhões de euros aos gunners, dando um lucro de €20M aos blues, que pagaram €35M por ele ao PSV há dois anos e meio, mas este não é o primeiro jogador que Mikel Arteta vai buscar ao Chelsea, tudo indica que não será o último, e também não é o primeiro esta temporada.

Mais cedo neste mercado de verão, o técnico espanhol garantiu a contratação de Kepa Arrizabalaga, o guarda-redes mais caro do mundo - 80 milhões de euros pagos ao Athletic Bilbao em 2018 -, por apenas €5M, após uma época de empréstimo ao Bournemouth. O basco chega ao Norte de Londres para ser o suplente de David Raya.

Como foi dito anteriormente, esta não foi a primeira troca entre os dois clubes e muitas vezes é o Chelsea quem despacha excedentários ao Arsenal, que os recebe de bom grado. Esse foi o caso de Raheem Sterling no final do mercado de verão de 2023/24, com o inglês a ser emprestado por uma época, mas a não convencer Arteta a mantê-lo.

Por outro lado, Madueke não é o maior negócio entre eles, mas sim Kai Havertz, autor do único golo da final da UEFA Champions League em 2021, que deu o troféu ao Chelsea diante do favorito Manchester City (1-0). Os gunners pagaram, em 2023, 75 milhões de euros pelo alemão, que custou mais cinco milhões de euros, proveniente do Bayer Leverkusen, três anos antes.

Antes disso, na época anterior, destaque apenas para a contratação de Jorginho, capitão dos blues, por €11,3M e também para Willian, que terminou contrato no verão de 2020 e se mudou para o rival, a custo zero. Um ano antes, ainda houve o caso de David Luiz, que foi vendido por €8,7M.

Porém, esta ligação não é apenas para um sentido, embora a balança esteja muito desequilibrada: em 2017/18, Olivier Giroud trocou o Arsenal pelo Chelsea, num negócio de 17 milhões de euros, e, apesar dos seis troféus, alcançou o que não conseguiu no Norte de Londres... conquistar um título europeu, dois até: UEFA Europa League e UEFA Champions League, a primeira precisamente na final frente ao ex-clube.

O outro exemplo neste século é a saída polémica de Ashley Cole do Arsenal para o Chelsea, de José Mourinho, em 2006/07, por 7,4 milhões de euros, na mesma época em que William Gallas fez o caminho inverso, a custo zero, sendo que depois até foi para o Tottenham. De resto, apenas destacar Petr Cech, que esteve 11 anos no Chelsea e depois mais quatro seguidos no Arsenal, custando €14M em 2015, e terminando a carreira lá em 2019. E também Lassana Diarra, que fez a mesma mudança em 2007, por €2,9M.

Por fim, também há os nomes de uns jovens jogadores a destacar, ainda nos seus tempos de academia: Michael Olise, atualmente no Bayern e ex-Crystal Palace, trocou a formação do Arsenal pela do Chelsea, em 2009/10, acabando por terminá-la no Reading, após um ano de passagem no Manchester City. Também o de Nketiah, que fez o caminho inverno em 2015/16, acabando por ser vendido ao Crystal Palace no ano passado, após várias épocas na equipa principal dos gunners. E ainda o de Omar Hutchinson, por quem o Ipswich pagou €23,5M ao Chelsea, em 2024, dois anos depois de ter deixado os sub-21 do Arsenal, num negócio que não foi a custo zero, ao contrário dos restantes.

No total, além dos 150 milhões de euros pagos pelo Arsenal ao Chelsea nos últimos três anos, são esses precisamente os valores que se verificam entre as duas equipas - €148,7M -, desde sempre.